Honda sobre paixão do torcedor do Botafogo: “Nunca vi nada assim”
O jogador disse que vai melhorar no português e confirmou que seu contrato tem uma cláusula de rescisão após as Olimpíadas de Tóquio
atualizado
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Keisuke Honda foi oficialmente apresentado no Botafogo. O japonês contou que a mobilização dos torcedores foi fundamental para escolher o clube alvinegro, agradeceu as manifestações de carinho da torcida e garantiu que deve estar apto para estrear em duas ou três semanas. O duelo amistoso do time sub-17 diante do Boavista no Engenhão, vencido pelo alvinegro por 3 x 0, antecedeu a apresentação do principal reforço botafoguense para 2020.
Honda foi apresentado pelo vice-presidente de futebol, Marco Agostini, e o vice-presidente comercial e de marketing, Ricardo Rotenberg. Na coletiva, respondeu às perguntas dos jornalistas em inglês e em japonês. O meia de 33 anos escolheu a camisa 4, número que considera importante, e afirmou que aceitou a proposta botafoguense porque se sentiu animado com a paixão dos torcedores, que fizeram campanha nas redes sociais para que ele viesse.
“Para ser honesto, tive algumas ofertas da Europa e da Ásia, além do Botafogo. Não foi fácil decidir, porque muitos outros clubes também fizeram boas ofertas. Pensei o que era o melhor para mim e para a minha família. De início, decidir vir para cá porque as pessoas daqui estavam esperando por mim. Eles vieram, fizeram contato pelas redes sociais. Senti essa emoção deles, essa animação”, explicou. “Eu nunca vi nada assim. Nunca vi algo tão bonito em toda a minha vida. Acho que essa paixão dos torcedores me fez decidir jogar aqui”, emendou o novo reforço do Botafogo, exaltando a recepção calorosa que teve ao desembarcar no aeroporto do Galeão.
“Obrigado” e “muito prazer” são as palavras que Honda sabe falar em português. Ele disse que vai estudar para melhorar no idioma e confirmou que há em seu contrato uma cláusula de rescisão após as Olimpíadas de Tóquio.
“É uma opção que colocamos no contrato. Estou aqui, focado em jogar como atleta do Botafogo. Não penso nessa opção agora. Quero pensar nisso depois das Olimpíadas. Quero ficar aqui o máximo de tempo que for possível. Foi por isso que decidi jogar aqui. Estou focado em fazer felizes as pessoas que foram ao aeroporto o mais rápido possível”.
O holandês Seedorf, outro grande nome do futebol mundial que passou pelo Botafogo recentemente, foi citado por Honda, que vê a chegada ao clube alvinegro como um desafio importante em sua carreira. A trajetória do japonês inclui passagens pelo futebol holandês, russo, italiano, mexicano e australiano.
“Se o Botafogo não esteve bem nas últimas temporadas, essa é uma grande oportunidade para mim e todos que estão aqui. Podemos trabalhar para subirmos todos juntos. Quero contribuir com a minha experiência. Claro que não tenho a experiência do Seedorf, mas também posso ajudar esse clube. Esse é um momento para todos nos desafiarmos”.
Festa no Engenhão
Depois da entrevista coletiva, perto das 13 horas, Honda subiu no gramado do Engenhão. O japonês foi recebido por Jairzinho e, em seguida, posou para fotos. Depois, fez embaixadinhas e, em demonstração de carinho, beijou o escudo do Botafogo e interagiu com os alguns dos cerca de 13 mil torcedores, jogando bolas e copos personalizados com o seu rosto
Honda foi embora saudado pela torcida, que entoou vários cantos, como “Olê olê olê olá, Honda, Honda” e “Ô lê, lê, ô, lá lá, o Honda vem aí, e o bicho vai pegar!”.