Gramado ruim de um lado e torcidas divididas: a tarde no Mané
Lado tradicionalmente mais frágil do gramado voltou a mostrar problemas, enquanto arquibancadas tiveram divisão de torcedores
atualizado
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O gramado do Mané Garrincha, elogiado até por Jorge Jesus após a goleada por 4 x 1 sobre o Vasco não teve os mesmos motivos para receber palavras amistosas após o duelo entre Fluminense e Corinthians. A área do lado norte, que precisa receber luz artificial por conta do posicionamento, voltou a apresentar uma aparência ruim, o que gerou críticas dos treinadores.
Apesar de não ter sido decisiva no gol de Paulo Henrique Ganso, que abriu o placar em falha clamorosa da Cássio, a relva do maior estádio de Brasília estava ressecada, o que diminuiu o ritmo do jogo. As duas equipes precisaram encontrar alternativas para driblar o estado da grama e os técnicos das duas equipes não negaram as dificuldades na tarde deste domingo (15/09/2019).
“O gramado estava ruim para os dois lados. O Cássio tem credibilidade pelo que ele fez e o que ainda vai fazer pelo Corinthians. A bola nem pegou no chão. Foi um erro técnico, uma falha que acontece”, opinou o técnico Fábio Carille.
Para Oswaldo de Oliveira, treinador do Fluminense, o estado do gramado prejudica times técnicos, como o próprio tricolor, que tem em Paulo Henrique Ganso e Nenê jogadores com qualidade no passe e que baseiam o jogo no fundamento. O comandante do time carioca, porém, reconheceu que o estado ruim da grama acabou ajudando seu time no fim da partida.
“Realmente o gramado estava muito seco, com alguma irregularidade. A equipe muito técnica é prejudicada nesse sentido. No final, acabou nos ajudando. No momento da maior pressão do Corinthians, em que eles precisavam trabalhar a bola, eles também foram obrigados a ser um pouco mais lentos do que eles seriam do que jogando, por exemplo, na Arena Corinthians, onde o gramado dá uma condição de jogo mais ágil”, frisou.
Gramado chegou a ser elogiado
Na partida entre Vasco e Flamengo, o técnico Jorge Jesus teceu comentários positivos em relação ao relvado brasiliense. A grama chegou a receber tratamento após a partida, visando justamente o confronto entre Fluminense e Corinthians.
A Secretaria de Esporte, porém, acertou a partida entre Flamengo e Avaí, realizada no último dia 7. O duelo não fazia parte do planejamento da Greenleaf, empresa responsável pela manutenção do gramado do Mané Garrincha. A companhia, inclusive, recomendou que a partida sequer fosse realizada. Para complicar ainda mais a situação da grama, o estádio ainda recebeu duas partidas de um torneio de advogados.
Por meio da assessoria de imprensa, a pasta responsável pela arena informou que tem feito todo o possível para deixar o gramado nas melhores condições para receber as partidas e que um tipo de grama de inverno já foi colocado no local onde o aspecto da grama estava ruim. Vale ressaltar que o lado norte do Mané Garrincha não costuma receber sol e, por isso, passa por um tratamento com luz artificial, tudo isso para preservar a grama e deixá-la não só com uma boa aparência, mas também em condições ideais para a prática do futebol em alto nível.
Torcidas separadas
Por conta da liberação de ingressos apenas no anel inferior e no hospitality, as torcidas de Fluminense e Corinthians se dividiram praticamente dois blocos no Mané Garrincha: atrás do lado norte, ficou a torcida paulista, enquanto na ponta oposta, se localizou o maior número de torcedores do tricolor carioca.
Nas laterais do campo, porém, foi possível ver alguns torcedores dos dois clubes assistindo à partida lado a lado.
Dentro do estádio não foram registradas brigas ou confusões envolvendo as torcidas de Fluminense e Corinthians.