Goleiro do Atlético-MG sofre racismo durante jogo da Libertadores
Após o empate com o Libertad, torcedores do Libertad o xingaram bastante na saída do campo e um paraguaio o chamou de “macaco”
atualizado
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Éverson, do Atlético-MG, é mais uma vítima de racismo em estádios da América do Sul. Após o empate por 1 x 1 com o Libertad que garantiu o time mineiro nas oitavas de final, torcedores da equipe paraguaia o xingaram bastante na saída do campo e um paraguaio o chamou de “macaco” e ainda imitou o primata em direção ao goleiro, que pediu o fim das “notas” e cobrou punição séria e “mais drásticas.”
O Atlético-MG filmou um torcedor do Libertad cometendo os atos racistas e entregou um pen drive com as lamentáveis cenas para o representante da Conmebol no estádio para cobrar punição séria ao clube e ao torcedor. Éverson chegou a pensar em ir até uma delegacia no Paraguai para prestar queixa e acusou outros torcedores de também tê-lo discriminado.
“Infelizmente isso ainda acontece, é escancarado, até em redes sociais e já aconteceu comigo. Infelizmente também é nas entrelinhas, as pessoas comentam, mas não usam a palavra. Isso ainda acontece, já ocorreu com o Vini Júnior, um estádio todo contra ele. E hoje por conta, acho eu, de ter feito uma boa partida e ter sido peça fundamental, no final do jogo fui o atleta que mais xingaram e usaram esse ato de racismo mais uma vez”, lamentou o goleiro do Atlético-MG, cobrando ação de verdade das autoridades.
“Sabemos que infelizmente só virá uma nota da Conmebol e é buscar se manter firme, continuar trabalhando, com a esperança que um dia isso possa mudar. Mas sabemos que se não tiver medidas mais drásticas isso vai continuar”, lamentou.
“Todos somos de carne e osso, todos temos sangue, cada um tem sua etnia, mas ainda falta um pouco de compaixão dos nossos amigos sul-americanos aqui. A gente sabe que isso acontece no Paraguai, no Chile, na Argentina…, em todos os países praticamente, e cabe a nós ter cabeça e buscar nossos direitos”, afirmou, visivelmente incomodado e chateado.