Ganso e Oswaldo põem panos quentes após trocarem xingamentos no Flu
O meio-campista não gostou de ser substituído e chamou o técnico de “burro”. O treinador não recuou ao xingamento e respondeu: “Vagabundo”
atualizado
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Mesmo jogando em casa, no Maracanã, o Fluminense não conseguiu voltar a vencer no Campeonato Brasileiro para abrir distância da zona de rebaixamento. Na noite desta quinta-feira (26/09/2019), o time carioca ficou no empate pelo placar de 1 x 1 com o Santos. O que roubou a cena, porém, foi a discussão entre Paulo Henrique Ganso e o técnico Oswaldo de Oliveira, após a substituição do meio-campista no segundo tempo.
O meio-campista não gostou de ser substituído e chamou o técnico de “burro”. O treinador não recuou ao xingamento e respondeu: “Vagabundo”. Mas, antes da discussão se tornar algo maior, os dois foram separados por membros da comissão técnica. Logo após a partida, o meio-campista falou que o bate-boca aconteceu por conta do clima quente do jogo.
“Eu não trabalho para o Oswaldo, eu trabalho para o Fluminense. Procuro ajudar meus companheiros como estava fazendo dentro de campo. Foi uma briga apenas em campo, não tem como ser educado dentro das quatro linhas. Isso faz parte, vou conversar com ele agora nos vestiários, mas vamos ver o que vai acontecer. É coisa do clima quente do jogo”, afirmou o jogador.
Na entrevista coletiva que deu após a partida, Oswaldo Oliveira tratou de colocar panos quentes na situação. “Tudo está resolvido. Eu tomei a atitude de nos vestiários ir em direção dele (Ganso) e lhe dar um abraço. O Fluminense vive um momento especial, no qual todos nós vivemos situações intensas. Às vezes os ânimos passam dos limites. Eu procuro sempre respeitar todos porque respeito a hierarquia. Quando percebi que não aconteceu isso, eu reagi como achei que devia”, explicou.
Sobre a substituição de Ganso, o técnico ainda esclareceu que vinha pedindo para o meia voltar na marcação. “Daí ele me xingou e eu o tirei do campo”, justificou.
O técnico lembrou o fato de que vai completar 44 anos de carreira e que não foi a primeira vez que enfrentou este tipo de situação. Porém, admitiu: “Espero que seja a última”. Indagado também sobre a sua situação à frente do time, ele disse que “está preparado para aguentar toda a pressão”. “Inclusive, respeitando a posição da torcida que xingou bastante a mim e ao time, o que é natural quando não se ganha”, completou.
Sem vencer há duas rodadas, o time carioca amarga a 16ª colocação, com 19 pontos, e é o primeiro time fora da zona de rebaixamento.