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Fluminense supera Cerro Porteño fora e encaminha vaga às quartas

O placar foi construído no segundo tempo, mas poderia ter sido criado logo nos primeiros minutos, tamanha a superioridade do tricolor

atualizado

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CESAR OLMEDO/ESTADAO CONTEUDO
Fluminense Nenê Libertadores
1 de 1 Fluminense Nenê Libertadores - Foto: CESAR OLMEDO/ESTADAO CONTEUDO

O Fluminense deixou muito bem encaminhada sua classificação às quartas de final da Copa Libertadores. Nesta terça-feira (13/7), em Assunção, no Paraguai, foi muito superior ao Cerro Porteño, dominou completamente a partida, fez 2 x 0 e pode se garantir na próxima fase até com derrota, daqui uma semana, após excelente e merecido resultado.

O placar foi construído no segundo tempo, mas poderia ter sido criado logo nos primeiros minutos, tamanha a superioridade e pressão imposta pelo Fluminense. Destaque para o meia Nenê. O veterano deixou sua marca e ainda criou as melhores jogadas da equipe. O lateral Egídio fez seu primeiro gol pelo clube, desencantando após 28 meses, e fechou uma vitória que poderia vir com ainda mais folga.

As equipes se reencontram daqui uma semana, no Maracanã, com os cariocas jogando pelo empate e até podendo perder por um gol de diferença. Repetindo o que fez em La Olla, pode até avançar com uma goleada. O Cerro Porteño atual está distante de repetir os jogos duros de antigamente. Marca mal e tem pouco poder ofensivo.

Roger Machado gostaria muito de contar com Fred em Assunção. Mas, apesar de viajar com o grupo, o centroavante não se recuperou de lesão e virou apenas um torcedor a mais no estádio La Olla. Abel Hernández herdou a vaga num duelo que os cariocas queriam e conseguiram abrir vantagem nas oitavas de final.

O jogo

A bola rolou e a tão prometida pressão do Cerro Porteño de Arce, ex-lateral vitorioso com o Palmeiras, ficou distante de existir. Na verdade, quem parecia em casa era o Fluminense. Num início arrasador, colocou o goleiro Jean, ex-São Paulo e Atlético-GO, para trabalhar duro em menos de dez minutos por duas vezes.

A bola passava com perigo a todo momento na frente dos gols dos paraguaios. O meia Nenê chegou a carimbar a trave em cobrança de falta. Jean, batido no lance, apenas olhou, torcendo. Apesar do bombardeio, o Fluminense não conseguiu transformar a pressão em vantagem no placar antes do intervalo. Saiu com gostinho amargo de fazer quase tudo certo, menos o gol.

E com uma certeza: não pode dar chances para o argentino Mauro Boselli, ex-Corinthians. O centroavante do Cerro é “o cara” do time e, quando recebeu livre, já na reta final da etapa, deu trabalho para Marcos Felipe, que fez defesa milagrosa. Logo depois, o camisa 10 teve um gol anulado. Os cariocas quase foram castigados com o famoso “quem não faz, leva.”

Apesar de domínio, Roger Machado não estava satisfeito com as chances desperdiçadas e trocou Gabriel Teixeira por Luiz Henrique no intervalo. Na primeira jogada do abusado atacante, finalmente o gol. O menino de Xerém arrancou, tabelou, foi ao fundo e cruzou. A bola caiu para Caio Paulista tocar para Nenê, enfim, balançar as redes em Assunção.

Se já tinha muito espaço para criar as jogadas ofensivas, o Fluminense ganharia ainda mais campo para trabalhar. Bastou ser vazado para os paraguaios “abandonarem” a defesa. Bastava calma para os brasileiros encaixarem um bom contragolpe. E. Claro, atenção atrás.

Depois de uma jogada que começou com Nenê brigando pela bola na defesa e depois de passar por todo o ataque carioca, até o meia ser desarmado, Egídio aproveitou bem a sobra e com um chutaço, ampliou.

Primeiro gol do lateral pelo clube e desencanto após dois anos e quatro meses. Desde março de 2019 que Egídio não anotava, ainda pelo Cruzeiro. Ampliou o placar e na sequência desperdiçou outra boa chance. O Fluminense exercia o mesmo domínio do primeiro tempo com o diferencial de ter feito os gols na etapa final.

Completamente grogue após dois golpes em sequência, o Cerro Porteño virou uma presa fácil ao Fluminense, que cansou de chegar ao ataque e, com um pouco mais de capricho, levaria vantagem para a volta com placar elástico. Lucca, já no fim, perdeu gol debaixo das traves, livre, ao mandar para o alto. Gol que atacantes não costumam perder. Os 2 x 0 são suficientes, porém, para o torcedor imaginar um jogo tranquilo na volta, daqui uma semana, tamanha a diferença tática e técnica das equipes.

FICHA TÉCNICA

CERRO PORTEÑO 0 X 2 FLUMINENSE

CERRO PORTEÑO – Jean; Espínola (Fernando Romero), Alexis Duarte, Delvalle e Alan Rodríguez; Villasanti, Carrascal (Bobadilla), Aquino e Mateus Gonçalves (Giménez); Morales (Adrían Martínez) e Boselli (Fariña). Técnico: Francisco Arce.

FLUMINENSE – Marcos Felipe; Samuel Xavier, Manoel, Luccas Claro e Egídio; André (Wellington), Yago Felipe e Nenê (Cazares); Caio Paulista (Kaiky), Gabriel Teixeira (Luiz Henrique) e Abel Hernández (Lucca). Técnico: Roger Machado.

GOLS – Nenê, aos 3, e Egídio, aos 15 minutos do segundo tempo.

CARTÃO AMARELO – Alexis Duarte.

ÁRBITRO – Facundo Tello (ARG).

LOCAL – Estádio General Pablo Rojas, La Olla, em Assunção.

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