FIFPro alerta para risco existencial no futebol feminino
A entidade coloca que o futebol feminino ainda é visto por muitos clubes e federações como custo
atualizado
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A crise causada pela pandemia do novo coronavírus está atingindo também o futebol feminino pelo mundo e coloca muitas dúvidas entre as próprias jogadoras, tanto no aspecto mental como físico. Quem faz esse alerta é a FIFPro, o Sindicato de Jogadores Profissionais, que diz que a atual situação com a covid-19, que levou à suspensa das competições, representa “uma ameaça quase existencial à já frágil economia do futebol feminino”.
“A situação atual é passível de constituir uma ameaça quase existencial para o futebol feminino, se nenhuma medida for tomada para proteger a sua economia”, informou o organismo em um comunicado oficial divulgado nesta quinta-feira (16/04).
A FIFPro levanta muitas dúvidas em relação a uma área que é frágil por natureza, com “menor desenvolvimento de campeonatos profissionais, salários baixos, poucas oportunidades e desigualdades nos investimentos e patrocínios”. O sindicato lembra que em 2017 apenas 18% das atletas tinham contrato profissional.
“Deixar essas pessoas-chave isoladas em um momento tão perigoso não é apenas decepcionante, mas também míope no desenvolvimento de uma indústria justa e sustentável a longo prazo”, disse a FIFPro em seu comunicado oficial.
A entidade coloca que o futebol feminino ainda é visto por muitos clubes e federações como custo, mas é um ativo de grande valor. Para dar alternativas à nova realidade, a FIFPro lista tópicos que podem ser aplicados até mesmo pelo impacto da pandemia.
“Aproveitar esse valor investindo no jogo das mulheres em vez de reduzi-lo. Procurar caminhos inovadores que impulsionem, em vez de prejudicar, o capital social por trás do jogo. Avançar ou até ‘saltar’ os principais problemas, criando ambientes de trabalho nos quais as jogadoras não são exploradas, seus direitos são valorizados e com total respeito. O impacto resultante será prosperidade e sucesso a longo prazo em todo o espectro dos negócios do futebol”, afirmou.