Fifa pede liberação de jogadores e quarentena especial ao Reino Unido
Gianni Infantino afirmou que pediu a Boris Johnson, primeiro-ministro do Reino Unido, um regime especial de quarentena para os atletas
atualizado
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A Fifa se manifestou oficialmente nesta quarta-feira (25/8) em relação à polêmica sobre a recusa de clubes europeus, por enquanto da Inglaterra e da Espanha, na cessão de jogadores para a Data Fifa de setembro, que terá rodadas das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2022, no Catar. Em declaração, o presidente Gianni Infantino afirmou que pediu a Boris Johnson, primeiro-ministro do Reino Unido, um regime especial de quarentena para os atletas que foram convocados por suas seleções.
O protocolo de combate à Covid-19 é o principal argumento dos clubes da Premier League, empresa que organiza o Campeonato Inglês, que divulgaram na terça-feira (24/8) um comunicado informando que não liberarão atletas para atuarem em países que fazem parte da “lista vermelha” em relação à pandemia. O retorno desses jogadores exigiria uma quarentena obrigatória de pelo menos 10 dias, o que desfalcaria os times que os cederem. Os espanhóis da LaLiga adotaram a mesma postura.
“Em relação aos períodos de quarentena que devem cumprir os jogadores que voltam à Inglaterra de países da lista vermelha, contatei por escrito o primeiro-ministro Boris Johnson para solicitar, em especial, que não os prive da oportunidade de representar seus países em partida de classificação para a Copa do Mundo, uma das maiores honras para um jogador profissional. Sugeri que o governo do Reino Unido adote para os próximos períodos internacionais uma estratégia similar à que se aplicou nas datas finais da Euro 2020”, disse Infantino.
No comunicado oficial, o presidente da Fifa diz que o assinto é de “suma urgência e importância”. Infantino ressalta que muitos dos melhores jogadores do mundo jogam na Espanha e na Inglaterra e que esses países também “têm a responsabilidade de preservar e proteger a integridade esportiva das competições em todo o planeta”.
“Juntos, temos mostrado solidariedade e união na luta contra a Covid-19. Portanto, peço que todo o mundo garanto a cessão de jogadores internacionais para a próxima rodada de eliminatórias”, encerrou o mandatário da Fifa.
Brasil e Argentina, que assim como todos os países da América do Sul, estão classificados como “Zona Vermelha” pelo governo britânico. Isso significa que quem entrar na Inglaterra vindo desses países deve cumprir a quarentena.
Caso os times britânicos e espanhóis não liberem os seus jogadores, o técnico Tite pode ter 12 desfalques entre os convocados para enfrentar Chile, Argentina e Peru, entre 2 e 9 de setembro. São eles: Alisson, Fabinho e Roberto Firmino (Liverpool), Ederson e Gabriel Jesus (Manchester City), Thiago Silva (Chelsea), Fred (Manchester United), Richarlison (Everton), Raphinha (Leeds United), Casemiro e Eder Militão (Real Madrid) e agora Matheus Cunha (anunciado nesta quarta-feira pelo Atlético de Madrid).
A seleção argentina, que enfrentará o Brasil em São Paulo, também pode enfrentar problemas. O técnico Lionel Scanoli convocou quatro jogadores que atuam na Inglaterra: Emiliano Martínez e Emiliano Buendia (Aston Villa) e Cristian Romero e Giovani Lo Celso (Tottenham). Os argentinos também enfrentam a Bolívia e a Venezuela em setembro.