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Fifa diz estar satisfeita com decisões de árbitros no jogo do Brasil

Cúpula da arbitragem admite que a tecnologia não vai acabar com as polêmicas e com as subjetividades

atualizado

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Michael Regan – FIFA/FIFA via Getty Images
neymar suíça brasil
1 de 1 neymar suíça brasil - Foto: Michael Regan – FIFA/FIFA via Getty Images

A cúpula da arbitragem da Fifa afirma estar “satisfeita” com as decisões tomadas pelos árbitros no jogo entre Brasil e Suíça. A reportagem apurou que, depois de uma revisão da partida, a Comissão de Arbitragem e seu diretor não acreditam que houve uma falha evidente. Mas admitem que a tecnologia não vai acabar com as polêmicas e com as subjetividades.

Durante o jogo, no lance que resultou no gol da Suíça, os árbitros na cabine avaliaram a cena, inclusive em câmara lenta. Mas chegaram à conclusão de que não houve uma falta sobre Miranda. Por isso, não chamaram o árbitro em campo. Diante do silêncio, ele manteve sua decisão, que também apontava para o fato de não haver uma falta.

Já no caso de Gabriel Jesus, o mesmo processo ocorreu. Na cabine do VAR, os árbitros reavaliaram o lance, mesmo sem que o juiz da partida soubesse. Mas optaram por não alertar o árbitro César Ramos, em comando em campo. Por isso, o lance também seguiu.

Fontes na Fifa ainda indicaram que usaram o “super slow replay” – uma tecnologia que permite rever a imagem num ritmo Ainda mais lento – para tomar uma decisão no que se refere ao lance de Gabriel Jesus. Mas concluiu que nao houve pênalti. O zagueiro abriu o braço antes de o atacante cair, segundo avaliação, o que seria um indício de que não houve a irregularidade.

Massimo Busacca, diretor de Arbitragem, e Pierluigi Collina, chefe da Comissão de Arbitragem, teriam demonstrado apoio à decisão no jogo. Mas, para a reportagem, um dos diretores da Fifa também admitiu que existe uma orientação de que nem todos os lances devem ser alvo de uma reavaliação de vídeo, paralisando o jogo.

Depois de quatro dias do uso da tecnologia numa Copa do Mundo, a percepção é que um dos projetos mais ambiciosos e arriscados da Fifa – a introdução da tecnologia no futebol – por enquanto não acabou com as polêmicas no jogo. Mas apenas as transferiu para outras instâncias.

A avaliação é de membros da Comissão de Arbitragem da Fifa que vem se reunindo diariamente para avaliar a situação. A reportagem e na condição de anonimato, um dos principais nomes da arbitragem da Fifa não disfarça seu sentimento de que o uso da tecnologia não representa o fim dos debates no futebol.

Não restam dúvidas, segundo a entidade, que os números de erros poderão desabar com o uso da tecnologia. “Quando o debate é se a bola cruzou ou não a linha do gol, teremos uma ajuda fundamental”, disse.

Mas, em algumas ocasiões como no caso do lance entre Miranda e o atacante suíço, a decisão continua sendo subjetiva. “Você pode ver a imagem mil vezes. Mas não há como saber se o toque foi apenas um toque ouse houve força para empurrá-lo”, explicou um dos árbitros. “Do outro lado do computador, continua havendo um ser humano”, comento.

No caso de Miranda, o julgamento do árbitro que estava na tela de vídeo foi de que não havia uma falta e, portanto, não indicou nada ao juiz da partida, em campo.

Esse não foi o único caso de controvérsias. O técnico da Austrália, Bert van Marwijk, criticou o árbitro uruguaio, Andres Cunha, depois de ele optar por dar um pênalti para a França ao rever um lance pelo vídeo. “Espero que um dia haja um árbitro muito honesto”, disse. O lance resultou no segundo gol da França e a vitória por 2 x 1 contra a Austrália.

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