Fifa bane ex-presidente de federação da Guatemala por corrupção
Brayan Jiménez havia se declarado culpado, no ano passado, de associação ilícita e de outros crimes. Entre eles, a cobrança de subornos
atualizado
Compartilhar notícia
A Fifa anunciou nesta segunda-feira (3/4) a suspensão por toda vida de qualquer atividade relacionada ao futebol de Brayan Jiménez, ex-presidente da Federação Nacional de Futebol da Guatemala (Fenafutg). Ele se tornou o mais novo dirigente punido por envolvimento no grande escândalo de corrupção que abalou a entidade que controla o futebol mundial.
Ex-integrante do Comitê Executivo da Fifa, Jiménez já havia se declarado culpado, no ano passado, de associação ilícita e de outros crimes, entre eles a cobrança de subornos.
Ao anunciar a sanção, a Comissão de Ética da Fifa informou que a declaração de culpabilidade do dirigente “se refere a dois diferentes quadros criminais: um deles, por solicitar e receber subornos de empresas de marketing em relação com a concessão dos direitos de comercialização das Eliminatórias da Copa do Mundo na região de UNCAF (União Centroamericana de Futebol), enquanto o outro está relacionado a certos acordos (irregulares) para que a seleção nacional do país (Guatemala) disputasse jogos amistosos na região da UNCAF”.A Comissão de Ética da Fifa, presidida pelo juiz independente Hans Joachim Eckert, concluiu que Jiménez violou os artigos 13 (regras gerais de conduta), 15 (lealdade), 18 (obrigação de denunciar, cooperar e prestar contas), 19 (conflito de interesses) e 21 (suborno e corrupção) do Código de Ética do organismo que rege o futebol mundial.
Jiménez, que também foi integrante da Comissão de Desportividade e Responsabilidade Social da Fifa, já havia sido extraditado aos Estados Unidos em março do ano passado para responder às acusações de corrupção, tendo posteriormente se declarado culpado.
Ao comunicar a punição de forma oficial, a Fifa ressaltou nesta segunda-feira que a mesma significa que Jiménez não poderá desempenhar “para o resto da vida toda atividade relacionada ao futebol (administrativa, esportiva ou qualquer outra) em nível nacional e internacional”.
A investigação contra Jiménez foi aberta em 4 de dezembro de 2015 e conduzida por Cornel Borbély, presidente da câmara de inquérito do Comitê de Ética da Fifa, que iniciou a apuração depois de ter recebido, no dia anterior, um comunicado do Departamento de Justiça dos Estados Unidos.
Este órgão norte-americano trabalhou junto com a Justiça da Suíça, país onde fica a sede da Fifa, na investigação que provocou punições ou prisões de uma série de dirigentes do primeiro escalão do futebol mundial, entre eles José Maria Marin, ex-presidente da CBF.