Falta grana! Crise financeira no São Paulo atrapalha busca no mercado
Nesta janela de transferência, o clube anunciou apenas o atacante Raniel e ainda está próximo de perder o meia Nenê para o Fluminense
atualizado
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O São Paulo esperava fechar o elenco para o segundo semestre durante a parada para a disputa da Copa América, mas enfrenta dificuldades para concluir o objetivo. O clube anunciou apenas um reforço: o atacante Raniel, que estava no Cruzeiro. O técnico Cuca pediu ao menos mais um lateral-direito à diretoria, que vasculha o mercado em busca de opções viáveis financeiramente.
Após indicação de Cuca, o São Paulo negociou com o lateral Adriano, que teve contrato encerrado com o Besiktas, da Turquia.
Embora o jogador estivesse livre no mercado, os valores pedidos de luvas (bônus pela assinatura do vínculo) e salários foram incompatíveis com o que o clube esperava gastar. Com isso, o tricolor encerrou a negociação com o lateral que teve passagem por Barcelona e Seleção Brasileira.
No ataque, Raniel não era a primeira opção. O centroavante pedido inicialmente por Cuca era o argentino Juan Dinenno, do Deportivo Cali, da Colômbia. Entretanto, também por questões financeiras, o São Paulo não avançou nas conversas para contratar o jogador.
O ex-jogador do Cruzeiro, então, virou opção principalmente porque o clube só terá de pagar pelo jogador no ano que vem. Um empresário bancou os cerca de R$ 13 milhões ao Cruzeiro e receberá do time paulista de forma parcelada, a partir de janeiro.
Os problemas financeiros do São Paulo vêm desde o início do ano. A previsão orçamentária para a temporada contava que a equipe chegaria ao menos às quartas de final da Libertadores e da Copa do Brasil, o que não aconteceu. Com as quedas inesperadas nas competições, o clube deixou de arrecadar cerca de R$ 25 milhões
Além de não arrecadar com bilheteria e premiações nos torneios de mata-mata, o time de Cuca gastou cerca de R$ 90 milhões com reforços e não pretende vender os jovens que têm se destacado na equipe. O clube recusou na semana passada uma proposta de mais de R$ 85 milhões pelo atacante Antony.
A previsão era arrecadar R$ 120 milhões com vendas em 2019, mas até agora entraram nos cofres menos de R$ 30 milhões, dinheiro que chegou com a saída de Rodrigo Caio para o Flamengo e pelo mecanismo de solidariedade da transferência de Éder Militão do Porto para o Real Madrid. A diretoria admite analisar ofertas por Arboleda.
“O São Paulo passa por problemas financeiros que seriam facilmente resolvidos se a gente abrisse as portas para vender atletas. Mas nosso direcionamento não é esse para os meninos que acabaram de surgir. Claro que precisamos cumprir o orçamento, mas estamos pensando em formas sem que a gente tenha uma perda grande esportiva”, disse o gerente-executivo de futebol Alexandre Pássaro.
Todos esses fatores acarretaram no atraso em pagamento de direitos de imagens de alguns jogadores. A diretoria espera quitar os débitos nos próximos dias, diz que conversou com os atletas e vê o problema com “total controle”.
Com a crise financeira, o São Paulo recorreu a empréstimos de bancos. No início deste mês, o Conselho Deliberativo aprovou empréstimos de R$ 37 milhões realizados no passado e que já estavam nas contas do clube.
Alívio no bolso
O tricolor espera reduzir em mais de R$ 1 milhão sua folha salarial do segundo semestre. Por isso, Bruno Peres, Jucilei e Nenê foram liberados e procuram outros clubes. Biro Biro rescindiu e foi para o Botafogo. Nenê, aliás, também deve rescindir o vínculo válido até o fim deste ano. O meia tem acordo apalavrado com o Fluminense.