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Ex-zagueiro condenado com Cuca fez quase 300 jogos no Corinthians

Entre 1992 e 1997, o ex-zagueiro Henrique defendeu a equipe alvinegra, onde foi titular, marcou gols decisivos e ergueu troféus

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Pedro Souza / Atlético
CUCA
1 de 1 CUCA - Foto: Pedro Souza / Atlético

O Corinthians já contou em seu elenco com um dos jogadores condenados pelo “escândalo de Berna”, em que os então atletas do Grêmio Cuca, Henrique e Eduardo foram julgados e responsabilizados por agressão sexual contra uma garota de 13 anos. O episódio aconteceu em 1987. Entre 1992 e 1997, o ex-zagueiro Henrique defendeu a equipe alvinegra, onde foi titular, marcou gols decisivos e ergueu troféus.

Henrique Arlindo Etges nasceu em Venâncio Aires, cidade gaúcha, em 1966. Formado nas categorias de base do Grêmio, o atleta serviu à equipe profissional tricolor por três anos. Em 1985, foi campeão mundial sub-20 com a seleção brasileira, em elenco que tinha Müller e Silas. Foi de Henrique o gol do título sobre a Espanha no estádio Luzhniki, em Moscou, capital russa.

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No início de 2022, o jogador Robinho foi condenado, em última instância, a 9 anos de prisão por estupro coletivo. Uma mulher albanesa foi vítima do jogador e de outros quatro homens.  O caso ocorreu em 2013, numa boate em Milão
Christoph Metzelder, ex-zagueiro do Real Madrid e da seleção alemã, foi condenado a dez meses de prisão por posse de pornografia infantil. Além do crime, o alemão também foi acusado de distribuição do material pornográfico. Metzelder assumiu o crime
Adam Johnson, ex-futebolista inglês, foi condenado a seis anos de prisão por abuso sexual de menor. No julgamento, Johnson admitiu ter aliciado e beijado a adolescente
Em 1992, o ex-boxeador Mike Tyson foi preso e condenado por estuprar uma jovem de 18 anos. Anos após deixar a prisão, Tyson foi preso outra vez por ter agredido dois motoristas depois de um acidente de trânsito
Conhecido nacionalmente pelo assassinato e ocultação do cadáver de Eliza Samudio, Bruno Fernandes de Souza, ex-goleiro do Flamengo, foi condenado a 22 anos e três meses de prisão pelo crime que chocou o Brasil
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No início de 2022, o jogador Robinho foi condenado, em última instância, a 9 anos de prisão por estupro coletivo. Uma mulher albanesa foi vítima do jogador e de outros quatro homens. O caso ocorreu em 2013, numa boate em Milão

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Christoph Metzelder, ex-zagueiro do Real Madrid e da seleção alemã, foi condenado a dez meses de prisão por posse de pornografia infantil. Além do crime, o alemão também foi acusado de distribuição do material pornográfico. Metzelder assumiu o crime

Karina Hessland / Correspondente/ Getty images
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Adam Johnson, ex-futebolista inglês, foi condenado a seis anos de prisão por abuso sexual de menor. No julgamento, Johnson admitiu ter aliciado e beijado a adolescente

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Em 1992, o ex-boxeador Mike Tyson foi preso e condenado por estuprar uma jovem de 18 anos. Anos após deixar a prisão, Tyson foi preso outra vez por ter agredido dois motoristas depois de um acidente de trânsito

Donat SorokinTASS via Getty Images
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Conhecido nacionalmente pelo assassinato e ocultação do cadáver de Eliza Samudio, Bruno Fernandes de Souza, ex-goleiro do Flamengo, foi condenado a 22 anos e três meses de prisão pelo crime que chocou o Brasil

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Em 2009, o astro português Cristiano Ronaldo foi acusado de ter estuprado uma ex-modelo. O caso de prolongou por vários anos e, em 2018, o jogador fez acordo e conseguiu encerrar todas as acusações

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Ex-jogador de futebol americano, OJ Simpson ficou mundialmente conhecido após ser acusado de assassinar a ex-mulher, Nicole Brown, e um amigo dela, Ronald Goldman, mas foi absolvido. Anos depois, Simpson se envolveu em situação de roubo e sequestro que lhe renderam 33 anos de prisão

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Em 1987, o técnico de futebol Cuca foi preso por estupro de uma criança de 13 anos, quando ainda jogava no Grêmio, em Berna, na Suíça. Ele e outros três jogadores do clube gaúcho chegaram a ficar detido por 28 dias no país, mas conseguiram voltar ao Brasil. Anos depois, os atletas foram condenados a 15 meses de prisão, mas nunca cumpriram a pena

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Em 1995, o ex-jogador Edmundo foi condenado a quatro anos de prisão em regime semiaberto por homicídio culposo. Isso porque o ex-atleta se envolveu em um acidente de carro que custou a vida de três pessoas

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Em 1993, René Higuita, ex-goleiro da seleção da Colombia, foi preso por seis meses por se envolver em um sequestro

Gareth Cattermole - FIFA / Getty Images
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Em 2016, o ex-botafoguense Jobson foi preso pelo estupro de quatro adolescentes. O jogador chegou a sair sob fiança, mas anos depois foi detido outra vez por descumprir medidas judiciais relativas à prisão anterior

MÁRCIO MERCANTE/AGÊNCIA O DIA/AE
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Em 2011, Mancini, ex-jogador do Inter de Milão e do Roma, foi condenado e preso na Itália por estupro

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Em 1989, Henrique foi condenado, assim como Cuca e Eduardo Hamester, conhecido como Chico, por ato sexual com a menor de idade. Eles teriam de ficar 15 meses em detenção na Suíça, mas, como estavam no Brasil, que não possui acordo de extradição de seus cidadãos, não cumpriram a sentença.

Mais tarde, o zagueiro migrou para o futebol paulista, atuando na Portuguesa e no União São João. Depois de jogar na equipe de Araras, Henrique chegou ao Corinthians pelas mãos do então presidente Vicente Matheus. No Parque São Jorge, foi titular e campeão de importantes torneios, como o Campeonato Paulista (de 1995 e 1997) e a Copa do Brasil (1995, diante do Grêmio).

Ao todo, Henrique atuou em 292 jogos com a camisa alvinegra e balançou as redes em 17 ocasiões, marcando contra todos os rivais, Palmeiras, São Paulo e Santos. Sua especialidade eram os gols de cabeça. Foi o auge de sua carreira. O bom desempenho no Corinthians levou o jogador ao exterior. Henrique foi negociado com o Tokyo Verdy, do Japão. Mais tarde, voltou ao Brasil e encerrou a carreira no Botafogo de Ribeirão Preto, em 1999. Desde então, está longe dos holofotes.

Em 15 de março do ano passado, data do aniversário de Henrique, o Corinthians usou as redes sociais para parabenizar o ex-zagueiro. A publicação rendeu inúmeras críticas ao clube por parte de seus torcedores e o post foi excluído em seguida. Neste ano, as páginas da equipe na redes não recordaram a data. Em 2020, por exemplo, o clube fez homenagem semelhante, mas não apagou a publicação.

O Corinthians nunca questionou sua participação no crime de Berna. A torcida também não cobrou seu passado. A reportagem tentou encontrar Henrique, mas não conseguiu.

 

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