Ex-dirigente usou dinheiro do Cruzeiro para pagar cobertura de R$ 6 milhões
Além disso, mais de R$ 700 mil foram enviados ao ex-treinador do clube Marcelo Oliveira no nome de Itair Machado
atualizado
Compartilhar notícia
A primeira fase das investigações da Polícia Civil da “Operação Primeiro Tempo”, que indiciou três ex-dirigentes do Cruzeiro e quatro empresários, concluiu que pelo menos três dívidas particulares de Itair Machado, ex-vice presidente da Raposa, foram pagas com o dinheiro do clube. As informações são do Globoesporte.com.
Um dos débitos teria sido o pagamento de uma cobertura em um condomínio de luxo em Nova Lima, em Belo Horizonte, chamado Bordeaux, no edifício Chatêau Morgaux. O empresário Cristiano Richard dos Santos Machado pagou R$ 3,7 milhões dos R$ 6 milhões que totalizam o valor do imóvel.
Além disso, a polícia apurou que Itair Machado usou o dinheiro do Cruzeiro também para quitar dívida com outro clube do qual ele fazia parte, o Ipatinga, e um débito com o ex-treinador do time, Marcelo Oliveira. Este último teria sido resolvido em 2018, com o dinheiro do pagamento da comissão de venda do lateral Mayke com o Palmeiras, operação realizada em setembro daquele ano.
Mais de R$ 700 mil foram enviados para Marcelo Oliveira, que não tem nada a ver com os desvios e apenas recebeu o valor como pagamento de dívida. Em depoimento à Polícia Civil, ele afirmou que recebeu o dinheiro por meio do empresário Carlinho Sabiá e valor teria sido enviado por Itair Machado.
Em sua defesa, o ex-dirigente disse ao GE: “Não procede. Não me beneficiei de nada. E não existe nenhuma prova contra mim no inquérito a não ser as denúncias anônimas e sem comprovação nenhuma. E confio na Justiça.” O Cruzeiro se posicionou em nota. Confira:
“O Cruzeiro reconhece que há diversas transações que indicam possíveis tendências prejudiciais ao Clube. O Departamento Jurídico tem analisado e mapeado todas as situações e traçado estratégias para tomar as medidas que julga necessárias e cabíveis nos momentos oportunos, para que não se prejudique a própria eficácia de sua atuação.”