Escolha da Fifa pelo Catar é alvo de interrogatório, revela jornal
Gianni Infantino, presidente da entidade, teve que dar esclarecimentos para autoridades suíças de acordo com o Le Monde
atualizado
Compartilhar notícia
O presidente da Fifa, Gianni Infantino, passou por um interrogatório conduzido por juízes franceses para dar explicações sobre a escolha do Catar como sede da Copa do Mundo 2022. Infantino foi ouvido na condição de testemunha, segundo o jornal francês Le Monde.
O interrogatório ocorreu em outubro do ano passado. Gianni foi questionado sobre sua relação com o país, considerada bem próxima a ponto do mandatário ter uma casa em Doha, capital catari. Ele aluga o imóvel para familiares, de acordo com o Le Monde.
A investigação foi iniciada em 2019 pela Procuradoria Nacional de Finanças da Suíça, onde corre a investigação. Gianni é ítalo-suíço.
Em seu depoimento, o presidente da Fifa revelou ter ficado surpreso com a vitória do Catar diante dos outros concorrentes na ocasião: Estados Unidos, Coreia do Sul, Japão e Austrália.
Apesar de ter sido braço-direito de Michael Platini, ex-presidente da Uefa que chegou a ser preso e posteriormente absolvido por suspeita de corrupção, Infantino alegou que desconhecia qualquer irregularidade na escolha do Catar como país sede da Copa.
“Eu nem sabia o que dizer quando Platini decidiu votar no Qatar, porque não conversávamos muito sobre isso. Se ele decidiu antes ou depois daquele almoço, não sei, mas certamente, depois daquela ocasião, ele ficou mais convencido”, afirmou o presidente da Fifa de acordo com o Le Monde.
O almoço citado por Infantino ocorreu 10 dias antes da confirmação do Catar como sede da Copa, e contou com a presença de Nikolas Sarkozy, presidente francês na ocasião.