Em jogo morno, Brasil vence Japão com ajuda da arbitragem de vídeo
Com placar final de 3×1 para a Seleção, Neymar conseguiu enfim sair do jejum de quatro jogos sem marcar gol
atualizado
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Sem esforço, a seleção brasileira venceu o Japão nessa sexta-feira, em Lille, na França, por 3 a 1, no penúltimo jogo da equipe em 2017. Em um amistoso marcado pelo fracasso de público – 16.922 espectadores – e pela intervenção da arbitragem de vídeo, o time de Neymar e Gabriel Jesus teve muito pouco trabalho para marcar na fraca equipe japonesa treinada por Vahid Halilhodzic. De proveitoso, o técnico Tite pôde constatar o desempenho consistente do lateral-direito Danilo e do meia Giuliano, que mostraram entrosamento pela direita com o capitão Willian.
De resto, o confronto teve muito pouco interesse para uma equipe de primeiro nível às vésperas da Copa do Mundo, e também para o público, que ficou longe de lotar os 50 mil lugares do Estádio Pierre-Mauroy.
Neymar, que não teve nada a ver com a polêmica, pegou a bola e converteu no canto esquerdo do goleiro Kawashima. Então o Brasil já dominava o jogo sem problemas, com uma primeira chance de gol, em uma infiltração de Giuliano.
Aos 15, em uma ação rápida na área, Neymar tocou para Jesus, que dominou mas foi abalroado por Yamaguchi. Novo pênalti, que o camisa 10 cobrou, dessa vez para a defesa de Kawashima. Mas o Japão mal teve tempo para comemorar, porque dois minutos depois Marcelo, de fora da área acertou um chutaço no ângulo no rebote da zaga após cobrança de escanteio. Com o jogo sob controle, sob chuva fina e frio, a seleção se acomodou e até permitiu ao Japão chegar com perigo, em uma cobrança de falta de Yoshida que acertou o travessão de Alisson.
Sem dificuldade para controlar o jogo, e aproveitando-se dos contra-ataques diante de uma defesa que deixava espaços, o Brasil chegou ao terceiro. Aos 35, depois de um bom arranque, Giuliano encontrou Willian na área. O meia deu um toque lateral para a ultrapassagem de Danilo, que cruzou rasteiro, na medida para Gabriel Jesus marcar na pequena área.
Até então a melhor notícia para o Brasil vinha sendo a efetividade do ataque: de sete chutes a gol, cinco tiveram direção certa e três foram convertidos.
Na abertura do segundo tempo, Tite, que havia escalado um time misto para testar nomes como Danilo, o zagueiro Jemerson e Giuliano, voltou a fazer experiências enviando a campo Cássio, no lugar de Alisson, Diego Souza no lugar de Gabriel Jesus e Alex Sandro no de Marcelo. Em clima de treino, não de Copa do Mundo – como Tite disse que exigiria do grupo -, o Brasil parou de pressionar.
O treinador seguiu com as experiências, mandando a campo Taison no lugar de Willian, e Douglas Costa no de Neymar – que aos 11 minutos do segundo tempo havia tomado cartão amarelo do árbitro após falta conferida graças ao auxílio do vídeo. Com as alterações, aos 25 minutos do segundo tempo, o Brasil só tinha em campo Casemiro dentre aqueles que se imagina são os titulares da Seleção de Tite até o momento.
O jogo ganhou então ainda mais a atmosfera de um treino para a equipe brasileira, a tal ponto que, em meio às alterações na equipe, o Japão descontou aos 17. Makino venceu Jemerson em cobrança de escanteio no segundo pau e, de cabeça, marcou.
A partir de então o jogo se arrastou até o final, com poucas oportunidades de gol. Tite, que pretendia testar os convocados que até aqui tiveram menos chances, pôde ver uma atuação consistente de Danilo e Giuliano – substituído por Renato Augusto -, mas não deve ter identificado no time o espírito de Copa do Mundo que disse esperar dos convocados. A seleção terá agora uma nova oportunidade, na terça-feira, em Londres, quando enfrenta a Inglaterra, no estádio de Wembley.