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Em grande estilo, Messi finalmente vence seu 1º título pela Argentina

Mesmo consolidado como um dos melhores jogadores de todos os tempos, camisa 10 era cobrado pela falta de conquistas com sua seleção

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Comemoração da vitória entre Argentina x Brasil, válido pela final da Copa América 2021 no Estádio Maracanã, no Rio de Janeiro 1
1 de 1 Comemoração da vitória entre Argentina x Brasil, válido pela final da Copa América 2021 no Estádio Maracanã, no Rio de Janeiro 1 - Foto: Aline Massuca/Metrópoles

No eterno debate Cristiano Ronaldo x Lionel Messi, um dos argumentos mais frequentemente utilizados pelos defensores do gajo são os títulos da Eurocopa de 2016 e da Ligas Nações de 2019 com Portugal. Conquistas que, até este sábado (10/7), não encontravam equivalência no currículo do argentino.

Pois o primeiro título de Lionel Messi com a seleção argentina veio em grande estilo. O camisa 10 foi artilheiro e deu o maior número de assistências da Copa América. Na final, superou o Brasil de seu amigo Neymar dentro do Maracanã, exorcizando mais alguns fantasmas, como veremos a seguir, e provou, mais uma vez, que aos 34 anos continua em uma classe própria.

Além de ter vencido seu maior rival dentro da casa dele, o título tem sabor especial porque se trata de um dos maiores jogadores de todos os tempos, pelo tempo transcorrido desde sua estreia na seleção, pela “fila” que a Argentina se encontrava e pelas derrotas dramáticas ao longo da jornada, que contaram até com uma “ameaça” de aposentadoria.

A primeira mostra que a vida na seleção seria mais difícil do que em seu clube aconteceu em 2006, na Copa do Mundo da Alemanha. Messi, aos 19 anos, ainda não era a estrela global que viria a se tornar muito em breve, mas mesmo assim sua participação em seu primeiro Mundial vinha cercada de expectativas. E ficou só na expectativa. O jovem craque participou de apenas três jogos, um como titular, e viu do banco seus companheiros serem eliminados para a Alemanha nas quartas de final.

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No ano seguinte, na Copa América, novo sofrimento, desta vez pelos pés dos rivais brasileiros. Com um time sem grandes estrelas, guiado por Vágner Love, Elano, Robinho e Julio Baptista e guiado pelo técnico Dunga, o Brasil entrou para o duelo contra a Argentina de Messi, Tévez, Riquelme e Verón como azarão, noção que logo caiu por terra. A Seleção fez uma partida impecável e venceu os hermanos por 3 x 0.

Em 2010, novamente os alemães foram algozes e novamente nas quartas de final. Mesmo fazendo um Mundial sólido até então, Messi parou na forte defesa alemã, e o time de Joaquim Löw não tomou conhecimento dos comandados de Maradona, goleando os sul-americanos por 4 x 0.

Em 2011, jogando a Copa América em casa, Messi fez de tudo para conseguir a vitória e servir seus companheiros, que pararam nas mãos do goleiro Muslera durante a disputa das oitavas de final. Nos pênaltis, o uruguaio brilhou novamente, mandando os argentinos para casa bem mais cedo que o esperado.

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Neymar durante Argentina x Brasil, válido pela final da Copa América 2021 no Estádio Maracanã, no Rio de Janeiro

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Durante o Mundial do Brasil e nos dois anos seguintes, Messi conheceria, talvez, as três derrotas mais dolorosas de sua carreira com a Argentina. Em 2014, fez novamente uma boa Copa do Mundo, liderando, ao lado de Dí Maria, os hermanos para a decisão do Mundial. Porém, quem estava novamente no caminho? Os alemães, que se sagraram tetracampeões (graças também a uma incrível oportunidade perdida por Higuaín). Messi foi eleito o melhor jogador do torneio, no entanto, como pôde ser visto em sua expressão, o prêmio não atenuou em nada a dor pela perda do título.

Nos dois anos seguintes, o Chile viria a ser o carrasco em duas decisões de Copa América. Após a segunda derrota, novamente nos pênaltis, em que Messi errou sua cobrança, o jogador do Barcelona chegou a afirmar que estava se aposentando da seleção, decisão da qual voltou atrás pouco depois.

Antes da consagração deste fim de semana, Messi ainda enfrentaria derrotas na Copa de 2018, nas oitavas de final, para a França, e contra o Brasil, na Copa América de 2019. Nessa última edição do torneio, se envolveu em confusão com o chileno Gary Medel, foi expulso e insinuou que o torneio estaria “armado” para a Seleção Brasileira vencer.

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