Em entrevista, Tite afirma: “Seleção não é patrimônio partidário”
Para o jornal Estadão, treinador da Seleção Brasileira reforçou que não irá até Brasília caso a equipe conquiste o hexacampeonato
atualizado
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O técnico da Seleção Brasileira, Tite, reafirmou seu posicionamento em não associar a equipe que comanda com questões político-partidárias. Em entrevista publicada pelo Estadão nesta quarta-feira (24/8), o treinador reforçou diversos pontos para dissociar a equipe do cenário político do país.
Ele afirmou que, em caso de título na Copa do Mundo do Catar, a Seleção Brasileira não irá para Brasília nem antes, nem após a disputa da competição. Com o final do torneio marcado para dezembro, após as eleições, Tite reforçou que não visitará a Capital Federal do país.
“Quando o presidente era o Temer, disse que não iria nem na ida nem na volta, se perdesse ou ganhasse. Às vezes, com o tempo a gente modifica, reformata algumas posições, mas essa resposta continua a mesma”, declarou.
Ele também comentou o motivo da comunidade futebolística se manter neutra politicamente, mesmo diante de uma polarização política na sociedade.
“Se eu externar as minhas preferências ou aquilo que eu entendo no aspecto político, vou estar expondo o meu cargo ainda estando técnico da seleção brasileira e daqui a pouco ele reverbera mais e eu não me dou esse direito. O direito que me dou é dar o melhor no trabalho e a Seleção Brasileira é um patrimônio cultural e educacional, não é partidário”, explicou.
Ainda na entrevista, Tite afirmou que as vagas extras liberadas pela Fifa para a convocação final serão preenchidas por jogadores de ataque. O treinador apontou o bom momento vivido por Neymar e ainda comentou que vê a geração mais nova próxima da Seleção, além de reafirmar que deve ficar cerca de um ano afastado do futebol após o término da Copa.