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Em busca por vaga no Mundial, Brasil encara Uruguai na Copa América

Brasil estreou na Copa América com goleada sobre a Argentina e a técnica Pia Sundhage tem planos ambiciosos para a Seleção

atualizado

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Thais Magalhães/CBF
Seleção Brasileira de futebol feminino comemora gol em jogo contra a Argentina - Metrópoles
1 de 1 Seleção Brasileira de futebol feminino comemora gol em jogo contra a Argentina - Metrópoles - Foto: Thais Magalhães/CBF

A Seleção Brasileira feminina fez sua estreia pela Copa América na última sexta-feira (8/7) e agora encara o Uruguai. No primeiro confronto, as brasileiras encararam a Argentina e garantiram a primeira vitória da competição por 4 x 0.

Com o placar, o Brasil assumiu a liderança do Grupo B, que também conta com Peru, Venezuela, Argentina e Uruguai. A seleção peruana não entrou em campo ainda, enquanto a Venezuela venceu as uruguaias por 1 x 0, ficando com a 2ª colocação da chave.

Início importante

A goleada sobre a Argentina revelou uma equipe com vontade de brigar por mais um título de Copa América. Maior campeão do torneio, com sete taças, a Seleção busca a classificação para a Copa do Mundo de 2023 e uma vaga nas Olimpíadas de Paris 2024.

A atacante Debinha, artilheira da Era Pia, com 50 gols em 123 jogos, afirmou que foi um bom começo, mas que as meninas não podem se iludir. “A Argentina é uma das equipes mais fortes do torneio, mas não podemos bobear. A Colômbia, por exemplo, vem de um jogo muito bom contra os Estados Unidos. Qualquer equipe que está aqui tem totais condições de fazer um bom papel, mas é claro que estaremos sempre nos preparando da melhor forma possível independentemente do adversário”, disse ela.

Para Pia Sundhage, técnica da Seleção, foi “um ótimo começo”. “Estou muito orgulhosa da equipe por marcar quatro gols, no primeiro jogo, contra uma boa equipe como a da Argentina. […] Todos sabem que a estreia traz certo nervosismo, mas foi um grande primeiro passo para o Brasil na Copa América”, afirmou ela.

A vitória contou com dois gols de Adriana, um de Debinha e um de Bia Zaneratto. O clássico sul-americano contou com boas atuações no ataque brasileiro, mas ainda é preciso melhorar em alguns aspectos.

“Acho que perdemos a posse um pouco mais do que deveríamos. Precisamos melhorar a manutenção de posse e chegar à área mais vezes. A penetração na linha e o último passe são aspectos com margem para melhora, mas foi o primeiro jogo, então estou muito satisfeita com o desempenho delas e espero que melhore mais e mais”, avaliou a sueca.

Retorno de Adriana e renovações

O confronto marcou a volta de Adriana vestindo a Amarelinha. A jogadora havia se lesionado antes das Olimpíadas de Tóquio e não conseguiu participar de jogos importantes pela Seleção. Esta é, inclusive, a primeira competição oficial que a atacante representa a Canarinho.

O resultado positivo também trouxe boas expectativas para as próprias jogadoras dentro de campo.

“Para nós, é muito importante esse resultado, começar com o pé direito. A gente sabe que tem um bom retrospecto na competição e que encontraria dificuldades contra a Argentina, é um clássico, mas sabíamos do nosso potencial e fomos felizes marcando os quatro gols. Ter a oportunidade de fazer gols dá confiança para que a gente continue a fazer isso nos próximos jogos”, pontuou Adriana.

Além dela, Pia consegue contar com novas figuras no elenco. De acordo com a comandante, o time jovem pode ser bom, mas complicado em alguns aspectos. “É um time jovem e algumas das líderes do grupo […] nunca jogou a Copa América. E isso é ótimo, mas também explica por que às vezes elas perdem a bola ou ficam um pouco nervosas. Acho que estamos começando uma nova jornada e espero que ela nos leve à nossa medalha algum dia”, afirma Sundhage.

Na competição, o foco é total na classificação da Copa do Mundo. Mesmo assim, Pia quer ir além.

“Eu também gostaria que esse time revolucionasse o futebol feminino no Brasil. Todos falam hoje de pagamento igualitário, o que é excelente, mas nós também precisamos de tratamento igualitário. Se nós, de alguma forma, pudermos popularizar a modalidade e desenvolvê-la, torná-la mais atrativa… essa vitória é muito maior que uma medalha. Para mim, é incrível vir ao Brasil e ter a chance de comandar uma jogadora como ela. Se a América do Sul tiver uma competição mais acirrada, mais equipes sul-americanas vencerão jogos na Copa do Mundo. Se você observar a parte técnica, poderia citar o Chile ou a Argentina, por exemplo, que é um time muito coeso, creio que há um futuro brilhante pela frente. E uma competição como a Copa América é muito importante para colocar o futebol feminino no mapa”, explica ela.

O Brasil entra em campo novamente nesta terça-feira (12/7), às 18h, contra o Uruguai.

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