Diretora no Paraguai diz: “Ronaldinho não seria mais brasileiro”
Titular do Departamento de Imigrações do país desde o último dia 6, María de los Ángeles afirma que passaporte paraguaio era inviável
atualizado
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María de los Ángeles Arriola Ramírez é, desde o último dia 6, a nova diretora do Departamento de Imigrações do Paraguai, responsável pelo controle de entrada e saída de estrangeiros no país. Ela assumiu o cargo dois dias depois de Ronaldinho Gaúcho e o seu irmão, Assis, entrarem no país com passaportes falsos e de o antigo diretor, Alexis Penayo, renunciar ao cargo sem dar explicações.
Ángeles foi promovida ao posto pelo presidente Mario Abdo Benítez com a missão de “colocar a casa em ordem”. Em entrevista ao Estado de S. Paulo, ela afirma que dois funcionários do órgão estão sendo investigados pelo Ministério Público para saber o motivo de terem liberado a entrada de Ronaldinho Gaúcho mesmo ciente de que os documentos eram falsos.
De acordo com a diretora, Ronaldinho Gaúcho não atendia as premissas básicas para ser considerado um cidadão paraguaio.
“Uma naturalização significa que Ronaldinho não seria mais brasileiro. O Paraguai não tem acordo de dupla cidadania com o Brasil. O documento que ele portava diz que Ronaldinho é paraguaio naturalizado. O funcionário alega que viu muitas pessoas com Ronaldinho no aeroporto, inclusive crianças. Então, ele imaginou que Ronaldinho teria algum tipo de tratamento especial das autoridades paraguaias para entrar no país como cidadão paraguaio naturalizado. Mas, para conseguir a naturalização, é preciso viver no mínimo três anos no nosso país e só somente a Corte Superior de Justiça dá essa autorização”, assegura Ángeles.