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“Dinamáquina”: do drama de Eriksen à incrível classificação para a Copa do Mundo

Com uma campanha avassaladora nas eliminatórias para a Copa do Mundo, a seleção é a 11ª no ranking da FIFA

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Lars Ronbog / FrontZoneSport via Getty Images
Dinamarca
1 de 1 Dinamarca - Foto: Lars Ronbog / FrontZoneSport via Getty Images

Com as eliminatórias da Copa do Mundo chegando ao fim, algumas seleções já carimbaram o passaporte para o Catar, sede do evento em 2022. Esse é o caso da Dinamarca, que vem brilhando na Europa e, não só garantiu a vaga com duas rodadas de antecedência, como está 100% no grupo F.

Em oito jogos disputados, foram 27 gols marcados e nenhum sofrido. Uma incrível média de 3,4 tentos por partida. Esses dados correspondem ao segundo melhor ataque do torneio, atrás apenas da Holanda, que marcou 29, e à defesa menos vazada, sendo a única invicta.

Tal retrospecto já provoca a lembrança da “Dinamáquina”, apelido dado à maior geração do futebol daquele país. No final dos anos 1980 e início dos anos 1990, eles encantaram o mundo ao mostrarem um jogo bonito e muito veloz.

Com nomes como os irmãos Laudrup (Michael e Brian), Preben Elkjaer, Morten Olsen, entre outros, a Dinamarca conseguiu se classificar, pela primeira vez, para a Copa do Mundo, em 1986. Em um grupo com Alemanha Ocidental e Uruguai, bicampeões da competição, o azarão ficou em primeiro com três vitórias. Nas oitavas, entretanto, foi goleada pela Espanha por 5 x 1.

Além do torneio mais importante do mundo, a talentosa trupe foi campeã da Eurocopa de 1992, esta sem Michael Laudrup, por problemas com Richard Møller Nielsen, o treinador da época. Após perder a classificação no campo, a seleção foi para a disputa e se sagrou campeã em cima da Alemanha ao vencer a decisão por 2 x 0.

Essa, ainda hoje, é considerada uma das maiores zebras daquele torneio e é lembrada até os dias atuais. Além deste título, eles também foram coroados com o caneco da extinta Copa das Confederações de 1995.

Já nos tempos atuais, a Dinamarca jogou a Copa do Mundo de 2018 e caiu nas oitavas de final, após perder para a Croácia, vice-campeã, nos pênaltis, após o empate por 1 x 1 no tempo normal.

Em 2021, o futebol bonito apresentado a levou à incrível campanha nas eliminatórias para a Copa do Mundo de 2022, com duas rodadas de antecedência, e dois recentes episódios recentes marcaram a história da “Dinamáquina”.

O Drama de Eriksen

Por conta da pandemia, a Eurocopa, que estava marcada para 2020, foi remarcada para este ano. A tão esperada competição teve um episódio chocante logo em seu início. Christian Eriksen, o craque do esquadrão, passou mal e teve uma parada cardíaca em campo logo na primeira rodada, quando enfrentava a Finlândia.

Com os primeiros socorros praticados pelo capitão da equipe, Simon Kjaer, e o trabalho realizado, com muito sucesso, pelos médicos da seleção, o meia voltou à sua consciência ainda dentro de campo e passa bem. Segundo relatos, ele ficou sem pulso, mas voltou à vida após o atendimento.

Na ocasião, o jogo retornou e a Dinamarca foi derrotada por 1 x 0. A assustadora situação, que teve um final feliz, fez com o que os jogadores se unissem ainda mais para jogador pelo atleta. Dessa maneira, eles foram até a semifinal, quando perderam para a Inglaterra.

Ainda hoje, quatro meses depois, Eriksen está em recuperação e utiliza um marca-passo acoplado ao coração. O aparelho é responsável por restaurar o ritmo cardíago do atleta. Ele não pensa em se aposentar, porém, segundo as regras da Itália, o meia não poderá voltar a atuar pela Inter de Milão.

Capitão entre os melhores do mundo

O zagueiro Simon Kjaer foi uma das principais figuras no atendimento a Eriksen. Mas não só isso. Ele também foi o pilar do time que chegou até as semifinais da Eurocopa, perdendo da Inglaterra por 2 x 1. Tal posição levou o capitão a entrar na lista dos 30 melhores jogadores do mundo elaborada pela France Football.

O jogador também é peça fundamental para o Milan, que foi vice-campeão do Campeonato Italiano e voltou a disputar uma Champions League depois de sete temporadas. Titular da zaga rossonera, o zagueiro atuou em 28 dos 38 jogos do time no torneio.

Com tamanho sucesso dentro das quatro linhas, a Dinamarca está em 11º no ranking da FIFA. Com a proximidade da Copa do Mundo, a seleção se credencia ao título, mesmo não sendo considerada uma grande potência do futebol mundial.

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