Dibu Martínez: “Gostamos quando dizem que não somos favoritos”

Doha (Catar) – Emiliano “Dibu” Martínez tem sido um dos destaques da Argentina nesta Copa do Mundo. Em um grupo que tem se conectado bem com a alma que a torcida vem demonstrando nas arquibancadas e ruas de Doha, o goleiro é um dos jogadores que melhor representa o espírito e a catimba do futebol do país.

Em entrevista coletiva concedida na véspera da final contra a França, Dibu mostrou a mesma faceta provocadora, mas também se mostrou vulnerável ao falar de sua trajetória. “Gostamos quando dizem que a outra equipe é a favorita, porque não nos sentimos piores do que ninguém. Se tivermos uma boa noite defensivo, teremos chances de levar o título”, analisou.

“É difícil não pensar no que custou para chegar aqui. Seria uma mentira dizer que não passa pela cabeça. Sou um lutador e lutei a minha vida inteira, desde os 12 anos, quando cheguei no Independiente, e aos 17, quando fui ao Arsenal. Até os 26, não me conheciam na Argentina. Saí criança da minha cidade, subi ao trem para poder ajudar minha família. Ter todo o povo argentino me apoiando entre as traves em uma final de Copa do Mundo é incrível. Porém, sou frio mentalmente e apenas foco em defender a bola do rival. As emoções estarão ali, mas me focarei na tarefa”.

“Sou um cara muito normal, não me empolgo quando as coisas vão bem e não me afundo quando vão mal. Tenho minha família e amigos que mantêm sempre nos mesmos lugares. Sou carinhoso com as crianças, se têm 50 delas, permaneço por mais uma hora. Quando vou a Argentina, trato de fazer as coisas com carinho. Eu venho de um lugar em Mar del Plata que não era um berço de ouro e sinto essa falta e necessidade”, compartilhou.

Provocações