Dez anos da glória eterna: Corinthians e Boca jogam a vida nas oitavas
Após 10 anos da conquista da América, nesta terça (5/7) Corinthians e Boca decidem vaga para as quartas de final em plena Bombonera
atualizado
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Nesta terça-feira (5/7), Boca Juniors e Corinthians se enfrentam pela partida de volta das oitavas de final da Libertadores, em La Bombonera, na Argentina. A partida de ida terminou empatada em 0 x 0 e, para se classificar, o Corinthians precisa conseguir uma vitória inédita pela competição na casa dos adversários.
Pela Libertadores em solo argentino, Boca e Corinthians já se enfrentaram quatro vezes, sendo duas vitórias do clube Xeneize e dois empates. Já no confronto geral, as equipes se enfrentaram 18 vezes, com cinco vitórias para cada lado e sete empates.
Corinthians 2 x 0 Boca Juniors – 1935 – Amistoso
Corinthians 2 x 6 Boca Juniors – 1947 – Amistoso
Corinthians 1 x 1 Boca Juniors – 1948 – Amistoso
Corinthians 8 x 2 Boca Juniors – 1956 – Torneio Roberto Gomes Pedrosa
Boca Juniors 3 x 4 Corinthians – 1961 – Torneio Octagonal de Verão
Boca Juniors 5 x 0 Corinthians – 1961 – Amistoso
Boca Juniors 3 x 1 Corinthians – 1991 – Libertadores, oitavas de final, ida
Corinthians 1 x 1 Boca Juniors- 1991 – Libertadores, oitavas de final, volta
Boca Juniors 2 x 0 Corinthians – 1999 – Troféu Teresa Herrera
Boca Juniors 3 x 0 Corinthians – 2000 – Copa Mercosul, fase de grupos
Corinthians 2 x 2 Boca Juniors- 2000 – Copa Mercosul, fase de grupos
Boca Juniors 1 x 1 Corinthians – 2012 – Libertadores, final, jogo de ida
Corinthians 2 x 0 Boca Juniors – 2012 – Libertadores, final, jogo de volta
Boca Juniors 1 x 0 Corinthians – 2013 – Libertadores, oitavas de final, ida
Corinthians 1 x 1 Boca Juniors – 2013 – Libertadores, oitavas de final, volta
Corinthians 2 x 0 Boca Juniors – 2022 – Libertadores, fase de grupos
Boca Juniors 1 x 1 Corinthians – 2022 – Libertadores, fase de grupos
Corinthians 0 x 0 Boca Juniors – 2022 – Libertadores, oitavas de final
10 anos do título
Por obra do destino, nada mais justo do que Boca e Corinthians voltarem a se enfrentar e, decidirem um mata-mata de Libertadores, na semana em que a conquista de 2012 do Timão completou 10 anos. Vale lembrar que o Corinthians conquistou a América de maneira invicta.
Na fase grupos, o sorteio das bolinhas colocaram o alvinegro no grupo 6 ao lado de Cruz Azul, Nacional e Deportivo Táchira. Com 14 pontos (6 jogos, 4 vitórias e 2 empates) a equipe paulista garantiu a classificação para as oitavas de final como líder do grupo.
O adversários das oitavas foi o Emelec do Equador. Após empatar em 0 x 0 na partida de ida, o Timão venceu o 2° jogo por 3 x 0 em pleno Pacaembu e foi enfrentar o Vasco nas quartas.
Assim como na fase anterior, o jogo de ida, disputado em São Januário, terminou empatado em 0 x 0. A partida de volta no Pacaembu reservou fortes emoções com a histórica defesa de Cassio no chute de Diego Souza e gol de Paulinho aos 42 minutos do 2° tempo.
Nessa segunda-feira (4/7), data exata dos 10 anos do título, em entrevista a TV Gazeta, o goleiro corintiano elegeu justamente a partida contra o Vasco como a mais marcante da campanha.
“O time do Vasco era muito bom, né? Naquela época tinha uma equipe muito forte. Eu acho que, para mim, foi o jogo mais marcante. A torcida do Vasco é uma torcida que empurra e faz um caldeirão lá em São Januário. Então, creio que esse jogo (mais marcante), até porque, assim, sem menosprezar ninguém, depois chegamos à semifinal e à final, mas acho que, ali…” disse Cassio.
Segundo o ídolo do Corinthians, o confronto contra o Cruz-Maltino foi o grande divisor de águas e exaltou a qualidade da equipe adversária.
“Contra o Vasco foi um divisor de águas, até porque havia duas equipes muito qualificadas e acho que, depois da maneira que a gente passou contra o Vasco, caiu a ficha. ‘Não podemos deixar escapar a Libertadores, é nossa’. No meu ponto de vista, ali foi uma final que a gente passou e, depois, automaticamente foi jogando o campeonato, a semifinal e a final, e acabou sendo campeão” completou o goleiro.
Ao falar sobre a defenda que entrou para a história no chute de Diego Souza, o goleiro rebateu a opinião de que foi por sorte e explicou que era treinamento.
“Eu deixei de falar sobre isso antes, às vezes as pessoas falaram que foi sorte, que o Diego mostrou o lado… Não, foi feito no treinamento. Muitas vezes, depois do treino, eu ficava com o Mauri (Lima, preparador de goleiros), era um cara que me cobrava muito nesse sentido por eu ser um goleiro alto e, creio eu, com grande envergadura. Ele fazia um chute para mim, eu fazia o encaixe e rolava para ele. Nesse rolar (da bola), ele vinha numa situação parecida com a do Diego Souza, cara a cara. Esse tipo de defesa que eu fiz não foi uma defesa do acaso, algum desvio. Algumas pessoas falam que ‘Diego Souza perdeu o gol na hora’. Não, eu defendi e eu defendi porque eu treinei para defender aquela bola”.
Ao chegar na semifinal, tinha pela frente o Santos de Neymar, atual campeão da América na época. O primeiro jogo, na Vila Belmiro, terminou com triunfo do Timão com um belo gol de Emerson Sheik. Com o empate em 1 x 1 na partida de volta, o Corinthians carimbou o passaporte para a final.
A final
A partida de ida foi na mítica La Bombonera completamente lotado. Com um jogo muito estudado, o primeiro gol da partida, marcado por Roncaglia, do Boca, saiu apenas aos 72 minutos. O gol parecia garantir o triunfo argentino até entrar o iluminado Romarinho que no primeiro toque na bola empatou a partida com um belo gol de cavadinha.
Com tudo em aberto, no Pacaembu a história tinha que se repetir. O invicto Corinthians triunfou e chegou ao topo da América com dois gols de Emerson Sheik.
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