metropoles.com

‘Del Nero, Marin e Teixeira conspiraram para fraudar a Fifa e a CBF’, diz FBI

Segundo a procuradora-geral Loretta Lynch, uma das suspeitas se refere ao contrato da CBF com a Nike

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Rafael Ribeiro / CBF
Coletiva Marco Polo Del Nero
1 de 1 Coletiva Marco Polo Del Nero - Foto: Rafael Ribeiro / CBF

“Del Nero, Marin e Teixeira conspiraram de forma intencional para criar um esquema para fraudar a Fifa e a CBF”, afirma o documento do Departamento de Justiça dos EUA que indiciou, nesta quinta-feira, os três últimos presidentes da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

De acordo com o relatório, “Del Nero recebeu propina para a Copa América e para a Copa do Brasil. Ele (Del Nero) ainda pediu, ao lado de Marin e Teixeira, propinas para a Copa Libertadores”. A Justiça americana indicou que os três dirigentes compartilharam as propinas em diversos outros contratos e “privaram a CBF e seus direitos”.

Segundo a procuradora-geral Loretta Lynch, uma das suspeitas se refere ao contrato da CBF com a Nike. Teixeira teria recebido propinas para fechar o acordo. “Todos os que tentarem fugir, eu aviso: vocês não vão escapar”, disse ela, nesta tarde, em entrevista coletiva. Outras suspeitas apontadas pela Justiça se refere à escolha da Copa de 2010 na África do Sul e à eleição na Fifa, em 2011.

O Departamento de Justiça dos EUA apresentou nesta quinta-feira a acusação por corrupção contra mais Del Nero, Teixeira e mais 14 dirigentes do futebol nas Américas. Se condenados, eles estão sujeitos a penas que podem chegar a 20 anos de prisão.

Mas uma decisão de uma juíza no Rio suspendeu todo tipo de cooperação entre norte-americanos e brasileiros envolvendo o escândalo da Fifa. Com isso, o MP do Brasil ficou impedido de cumprir qualquer solicitação do FBI relacionado com o caso.

Pela manhã, em Zurique, na Suíça, dois vice-presidentes da Fifa, Alfredo Hawit e Juan Napout, foram presos e aguardam extradição aos EUA. Com as novas denúncias, o número de pessoas apontadas no processo quase dobrou, para um total de 41.

O caso teve início em maio, com apresentação das acusações em uma corte do Brooklyn, em Nova York. Até agora, 12 indivíduos e duas empresas de marketing esportivo foram condenados e US$ 100 milhões recuperados pelo governo dos EUA.

Confira os 16 indiciados pela Justiça dos EUA:

Alfredo Hawit (presidente da Concacaf)

Ariel Alvarado (ex-presidente da Federação do Panamá)

Rafael Callejas (ex-presidente da Federação de Honduras)

Brayan Jimenez (presidente da Federação da Guatemala)

Rafael Salguero (da Guatemala e membro da Fifa)

Hector Trujillo (secretário-general da Federação da Guatemala)

Reynaldo Vasquez (ex-presidentee da Federação de El Salvador)

Juan Angel Napout (presidente da Conmebol)

Manuel Burga (ex-presidente da Federação do Peru)

Carlos Chavez (da Federação da Bolívia)

Luis Chiriboga (da Federação do Equador)

Marco Polo del Nero (presidente da CBF)

Eduardo Deluca (secretário-geral da Conmebol)

Jose Luis Meiszner (ex-secretário da Conmebol)

Romer Osuna (auditor da Federação da Bolívia)

Ricardo Teixeira (ex-presidente da CBF)

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comEsportes

Você quer ficar por dentro das notícias de esportes e receber notificações em tempo real?