Defesa de Daniel Alves alega “jogo erótico” em pedido de liberdade
Os advogados de Daniel Alves citaram que o jogador e a suposta vítima estavam “desenvolvendo um jogo erótico preliminar ao coito”
atualizado
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O lateral-direito Daniel Alves segue preso em Barcelona desde o dia 20 de janeiro por suspostamente ter estuprado uma jovem na boate Sutton e já teve alguns pedidos de liberdade negados.
No entanto a defesa do jogador segue a todo vapor em busca da liberdade provisória do brasileiro. Em documento enviado ao UOL, a defesa de Daniel Alves alega que nas imagens gravadas se vê “dois adultos desenvolvendo um jogo erótico preliminar ao coito”.
Além disso, o recurso apresentado pelos advogados na última terça-feira (16/5) alega que “observa-se na denunciante uma conduta abertamente sexualizada, própria de um galanteio sexual em fase de cortejo”.
Na apelação para conseguir a liberdade provisório do jogador, a defesa cita que os filhos do jogador hoje moram em Barcelona e pretendem fazer faculdade na cidade.
Confira a nota:
“A defesa de Daniel Alves apresentou recurso de apelação diante da Audiência de Barcelona para pedir sua liberdade provisória. O pedido foi protocolado em 16 de maio, última terça.
A equipe legal do atleta sustenta sua nova petição nos pontos: O risco de fuga é inexistente e impensável. Daniel Alves não vai fugir do processo judicial que tem pela frente
A relação com a jovem foi consensual;
O relatório pericial apresentado pela defesa, de 200 páginas, e o material audiovisual analisado, quadro a quadro, das câmeras da discoteca Sutton são muito sólidos para enfrentar o julgamento quando este ocorrer;
O atleta Daniel Alves tem um projeto de vida em Barcelona. A família sempre quis que seus filhos realizassem seus estudos universitários na Espanha. O próximo ano letivo de estudos será realizado em Barcelona e a moradia de seus filhos foi registrada na casa que Alves possui em Esplugues de Llobregat;
Os novos textos de defesa também constatam que a jovem denunciante tem um relato que apresenta “inconsistências e incoerências”. Também constam relatos de suas amigas. A denunciante, de 23 anos, disse diante do juiz que antes de entrar no banheiro viveu momento de medo, nervosismo e intimidação.
Nos vídeos analisados da noite em questão, a defesa quer mostrar que os 20 minutos prévios — quando Alves e a jovem estiveram junto de amigos na mesa VIP da Sutton — mostram outro ambiente e uma realidade bem distinta. Nas imagens gravadas se vê claramente dois adultos desenvolvendo um jogo erótico preliminar ao coito.
Observa-se na denunciante uma conduta abertamente sexualizada, própria de um galanteio sexual em fase de cortejo. Em algum momento, se vê a jovem colocando-se de costas ao atleta, contorcendo-se e roçando os glúteos em movimento com a zona pélvica do denunciado ao ritmo da música;
O denunciado realizou duas declarações diante do juiz de instrução. Na última, no dia 17 de abril, modificou sua versão inicial porque a princípio, quando fez a primeira declaração, quis proteger seu casamento com Joana Sanz. Por isso não reconheceu inicialmente ter tido contato com a jovem”, encerra a defesa.