De máscara, torcida do Flamengo retorna ao Mané 17 meses depois
O último jogo com público no Mané Garrincha foi em 16 de fevereiro de 2020, na decisão da Supercopa do Brasil, entre Flamengo x Athletico-PR
atualizado
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Depois de 521 dias, mais de cinco meses, as arquibancadas do Mané Garrincha voltaram a ser ocupadas pela primeira vez nesta quarta-feira (21/7), no jogo das oitavas de final da Libertadores, entre Flamengo x Defensa y Justicia. A torcida começou a chegar cedo e foi preenchendo as cadeiras inferiores e superiores do estádio.
O Governo do Distrito Federal alterou o decreto que permite público em eventos esportivos especialmente para receber o jogo do Flamengo. Aqueles que compraram os ingressos — que variavam de R$ 280 a R$ 500 — tiveram de apresentar um teste PCR negativo ou comprovante de duas doses da vacina contra a Covid. Cerca de 25% da capacidade do estádio, 15 mil lugares, foram colocados à venda.
O último jogo com público no Mané Garrincha foi em 16 de fevereiro de 2020, na decisão da Supercopa do Brasil, entre Flamengo x Athletico-PR. Naquela ocasião, a arena recebeu 48.009 pessoas, arrecadando R$ 7.423.760 milhões.
Para o jogo decisivo da Libertadores desta quarta, horas antes da partida, a venda total girava em torno de 6 mil ingressos, e a expectativa do Flamengo era de 10 mil torcedores presentes.
Nos autofalantes da arena, muitas vezes foi passada a mensagem de que o uso de máscara era obrigatório nos vestiários, banco de reservas e arquibancadas, bem como respeitar o distanciamento nas cadeiras. Quem fosse visto não cumprindo o protocolo de segurança estaria sujeito à multa e seria retirado do estádio.
O torcedor Marcus Braga, 27 anos, apesar de ser dizer feliz com a oportunidade de voltar a ver o Flamengo jogar no Mané, demonstrou consciência e respeito com o cenário ainda permanente da pandemia. “A gente nunca imaginou passar por isso (pandemia). Meu pai me criou dentro do estádio, me criou flamenguista e eu fico muito emocionado, muito feliz de estar presente e ser porta-voz de muitos torcedores, não só de Brasília como do Brasil inteiro que não podem estar nesse jogo. Eu prometo gritar, prometo cantar por todos eles”, declarou.
“Eu espero que todos respeitem o distanciamento social, o uso da máscara, as questões sanitárias que a gente deve seguir, porque é o princípio básico pra todo mundo começar a voltar a ter uma vida normal. A gente vê nos estádios da Europa, por exemplo, que realmente existem torcedores que não usam a máscara. Mas eu acho que é uma responsabilidade de cada um, cada um tem que fazer o seu papel. Eu acredito que todos devem seguir e respeitar as normas, porque é o normal que a gente viver a partir de agora pro futebol poder ter a volta do público”, completou Marcus.
Antes do apito inicial, foi possível notar a grande maioria dos torcedores, principalmente nas arquibancadas inferiores, não fazendo o uso correto da máscara, mas respeitando o distanciamento. O mesmo não era visto nas cadeiras superiores. Uma quantidade considerável fazia o uso de máscara na maior parte do tempo, porém estava aglomerando.
Quando a partida começou, com a emoção do jogo, logo o equipamento de proteção foi para o queixo ou para os bolsos. Um responsável pela segurança, afirmou ao Metrópoles que a orientação para as pessoas sem máscara era pedir para elas colocarem. “Eles colocam, mas depois tiram novamente”, disse o segurança. Centenas de torcedores aglomerados próximo à área destinada à imprensa deixaram de fazer o uso da máscara em poucos minutos de bola rolando.
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