De Cartolouco a Simonal: famosos sonham ser boleiros e passam vergonha
Jornalista Lucas Strabko foi apresentado como reforço do Resende. Caminho traçado por ele já foi trilhado por outras celebridades. Relembre
atualizado
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O jornalista Lucas Strabko, o Cartolouco, irá se aventurar como jogador de futebol. Anunciado como reforço do Resende nessa quarta (3/3), ele vivenciará a rotina de atleta no clube carioca, a fim de montar uma webserie para seu canal no Youtube.
Aos 26 anos, o Cartolouco seguirá um sonho almejado por algumas celebridades, mas dificilmente alcançado. Assim como o ex-participante de A Fazenda, outras “celebridades” tentaram a sorte no futebol, mas acumulam, no máximo, boas histórias para contar.
O exemplo mais recente é o MC Livinho. Destaque em peladas de fim de ano ao lado de famosos, em 2020, ele foi registado no BID como jogador profissional do Audax, time de Santos. A carreira não alavancou porque, entre outros motivos, dias antes de se apresentar, o funkeiro desistiu do sonho devido à incompatibilidade de agenda com os shows e gravações.
Um ano antes, outra carreira de boleiro improvável terminou antes mesmo de começar. Maior nome de todos os tempos nos 100m rasos do atletismo, o jamaicano Usain Bolt treinou por um dia no Borussia Dortmund, fez testes, amistosos e até gols pelo Central Coast Mariners, da Austrália, mas desistiu da carreira futebolística sem nem sequer ter assinado contrato.
Juninho Manella, youtuber com mais de 6 milhões de seguidores em seu canal, participou da pré-temporada do São Bento, este ano, a fim de disputar o Paulistão 2021 pelo clube. O pai dele, Edson Vieira, é o treinador, mas optou por não inscrevê-lo no Estadual. De acordo com nota oficial da diretoria, a decisão foi tomada em consenso devido à pouca experiência do youtuber como profissional.
O youtuber Fred, do Desimpedidos, é uma das exceções. Em 2020, ele gravou a série Vai Pra Cima, Fred, com sua experiência como jogador profissional de futsal. Com direito a treinos e jogos pelo multicampeão Magnus, o paulista conquistou a Copa Intercontinental com a equipe. Mais do que isso, marcou um gol na final diante do River Plate, vencida por 3 x 1. Após a experiência bem sucedida, Fred avalia uma 2ª edição da série, desta vez nos gramados.
Pré-temporada com Joel Santana
O repórter Thiago Asmar, que atualmente comanda o canal Pilhado no YouTube, também já se aventurou em treinos de time profissional. Em 2017, o jornalista do Globo Esporte participou da pré-temporada do Boavista, time comandado pelo técnico Joel Santana. A ideia era mostrar à vera a rotina pesada de treinos pela qual os jogadores passam. Embora fosse atleta de academia, Thiago sofreu, passou mal em vários treinamentos, vomitou e se lesionou. Como não tinha intuito de seguir jogador, Thiago encerrou a série recebendo os parabéns pela dedicação, mas bastante “cornetado” pela falta de técnica.
Cantor na Copa de 1970?
O cantor e compositor Wilson Simonal esteve perto de disputar uma Copa do Mundo… Ou ao menos foi isso que passou pela sua cabeça em 1970.
Convidado como membro da delegação Seleção Brasileira como cantor oficial, Simonal chegou a fazer um treino com os jogadores do Brasil, mas passou mal e precisou ser atendido pela equipe médica. O caso é contado no documentário de Cláudio Manoel: Simonal – Ninguém Sabe o Duro que Dei.
Na época, o atacante Rogério Hetmanek se machucou e precisou ser cortado. O técnico Zagallo precisava convocar um jogador para seu lugar. Foi quando surgiu a ideia de fazer uma pegadinha com Simonal.
Técnico e jogadores propuseram um treino ao músico. Se fosse aprovado, jogaria a Copa de 1970 no lugar do ex-atacante do Botafogo. Simonal participaria de uma atividade de dois toques, mas já no aquecimento passou mal.
No documentário, Pelé conta que o cantor precisou de auxílio de oxigênio, por causa da altitude do México. Um texto do acervo do Estadão também destaca a atividade do cantor com a Seleção, por meio de um depoimento do então presidente Emílio Médici.
“O cantor Wilson Simonal foi a nota engraçada no treino de ontem. Ele apareceu com um uniforme todo vermelho (calção curto e camisa olímpica), entrando no grupo de jogadores que marchava fazendo flexões físicas, como aquecimento de músculos. Como chegou ao México há apenas três dias, Simonal não está aclimatado à altitude e por causa disso sentiu-se mal ao tentar acompanhar o ritmo dos jogadores, tendo de ser atendido pelos massagistas Mário Américo e Nocaute Jack, que lhe aplicaram massagens e molharam sua cabeça com água fria”, dizia a nota.