Crespo se impressiona com intensidade do São Paulo: “Fiquei com vontade de jogar”
Pressionado no cargo, o treinador afirmou que a exibição da equipe no empate com o Santos e a intensidade da equipe o cativaram
atualizado
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Embora a vitória não tenha vindo no reencontro do São Paulo com a torcida no Morumbi na noite desta quinta-feira, Hernán Crespo aprovou a atuação de seus comandados. Pressionado no cargo, o treinador afirmou que a exibição da equipe no empate com o Santos, o quarto seguido no Brasileirão, e a intensidade dos jogadores lhe deixaram contagiado. “É a primeira vez que senti vontade de entrar e jogar com eles”, disse o empolgado técnico argentino na coletiva após a partida.
Crespo iniciou a semana sob pressão depois do empate com a lanterna Chapecoense. Houve reuniões e a diretoria decidiu bancar o treinador, responsável por conduzir a equipe ao título estadual no começo do ano, mas incapaz de fazer com que o time reaja no Brasileirão e brigue na parte de cima. Ele diz lidar com naturalidade com as cobranças.
“Foi uma semana normal em São Paulo. Todos os dias têm um problema novo. Tentamos resolvê-los, olhar pra cima. Estamos em transição, construindo dia a dia. Todos sabemos onde estamos, onde estava o clube quando cheguei e para onde queria chegar. Estamos trabalhando, seguramente, para ter um futuro melhor”, afirmou.
Questionado sobre se ainda acredita ser viável a busca por uma vaga na próxima edição da Libertadores, Crespo considerou que “o objetivo é chegar o mais alto possível”. Essa meta será cumprida, segundo ele, se o time repetir atuações como a de hoje
“O principal é jogar como jogamos hoje. Com vontade, essa energia positiva. Foi emocionante ver a reação dos jogadores, o banco, todo mundo fechado e com muita vontade dos três pontos. Infelizmente não conquistamos a vitória, mas acreditamos. O time jogou com uma dinâmica e intensidade que eu, realmente, não via há um tempo”.
O treinador fez a observação de que o fato de a equipe insistir nas jogadas pelos lados foi uma estratégia pensada de acordo com a maneira como joga o Santos, e não que faltou repertório ofensivo. “É uma opção para enfrentar adversários mais fechados. O Santos se fechou atrás, e deveríamos entrar por fora. Quando não funcionava, entrávamos por dentro. Eram as opções que tínhamos”, analisou.
Em campo, Calleri foi um dos principais personagens. O argentino marcou de pênalti seu primeiro gol desde que retornou ao clube e falou sobre o sentimento de poder voltar a jogar com o apoio dos são-paulinos, que compareceram em grande número – 5.529 torcedores estiveram no Morumbi e mais apoiaram do que xingaram os jogadores.
“Estamos muito felizes que a torcida voltou. Parecia que tinha mais do que cinco mil. A euforia de voltar ao Morumbi foi contagiante. A equipe foi para cima, chegava no gol. A torcida viu isso e se identificou com o nosso jogo, com a vontade de ganhar. Esperamos que daqui a um tempo esteja cada vez mais cheio e que, no fim do ano, possamos ter um Morumbi lotado”, ressaltou o atacante.
O São Paulo continua sem conseguir abrir distância da zona de rebaixamento do Brasileirão. Tem 29 pontos e caiu para o 14º lugar. São seis pontos de diferença para o Grêmio, que abre o grupo dos quatro piores colocados. Na próxima segunda-feira, enfrenta o Cuiabá, às 20 horas, na Arena Pantanal. O jogo encerrará a 25ª rodada do torneio nacional.
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