Coronavírus: saiba o que seu time fará com salário dos jogadores
Treze dos 20 clubes da Série A de 2020 vão negociar redução salarial durante as férias coletivas. Somente três irão manter os pagamentos
atualizado
Compartilhar notícia
As férias coletivas dos 20 times da Série A do Campeonato Brasileiro começaram na última quarta-feira (01/04). Várias equipes vão utilizar o período para negociar com os elencos reduções salariais devido à paralisação do futebol causada pelo novo coronavírus. Da elite do futebol nacional, três clubes definiram que não haverá nenhuma diminuição nos vencimentos (Coritiba, Flamengo e Red Bull Bragantino) e outros quatro já acordaram com os jogadores algum tipo de desconto (Atlético-MG, Ceará, Fortaleza e Grêmio).
O período de férias coletivas de 20 dias foi um acordo nacional estabelecido na semana passada entre a Comissão Nacional de Clubes (CNC) e a Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol (Fenapaf). As duas entidades deixaram de lado as tentativas de se definir uma redução salarial única para todo os jogadores do futebol brasileiro e deixaram a cargo das equipes cuidarem individualmente dessa questão.
Apesar de 13 clubes ainda não terem uma decisão final sobre a redução salarial, vários deles estão com definições encaminhadas. O Palmeiras quer manter os salários, mas antes fará um estudo de viabilidade econômica.
O primeiro time a ter fechado o planejamento para o período de pandemia foi o Fortaleza. Os jogadores aceitaram ter uma redução de até 25% nos salários.
Confira a situação dos clubes:
Athletico-PR – Com o elenco liberado por tempo indeterminado, equipe estuda como realizar uma redução salarial.
Atlético-GO – Clube vai avaliar futuramente como vai proceder com a negociação dos salários. As conversas envolvem também o Sindicato dos Atletas Profissionais do Estado de Goiás (Sinapego).
Atlético-MG – Vai reduzir 25% dos salários dos jogadores, comissão técnica e diretoria pelo período que perdurar os efeitos da pandemia.
Bahia – Plano é oferecer uma redução, mas haverá uma conversa com o elenco na próxima semana para definir o valor.
Botafogo – Diretoria não pretende reduzir salários.
Ceará – Vai distribuir parte dos vencimentos referentes a abril e maio nos meses seguintes.
Coritiba – Vai manter os salários.
Corinthians – Diretoria avalia possíveis mudanças.
Flamengo – Clube entende que pode absorver os impactos financeiros da paralisação e vai manter os salários normalmente
Fluminense – Diretores e gerentes reduziram os salários em 15%, mas a negociação sobre os pagamentos ao elenco ainda não está definida.
Fortaleza – A diretoria estabeleceu que 25% do salário referente ao mês de março só será pago após a crise passar. Sobre o mês de abril, os atletas abriram mão definitivamente de 10% dos vencimentos e outros 15% só serão recebidos depois da paralisação terminar. Dirigentes executivos remunerados também vão enfrentar reajuste, ao receber 15% menos dos salários de abril.
Grêmio – Acordou com o elenco que os direitos de imagem dos período sem jogos será pago somente em 2021.
Goiás – Assim como o Atlético Goianiense, conversa com o sindicato local para definir como ficará a negociação salarial.
Internacional – Diretoria vai debater com o elenco durante as férias para avaliar possível redução.
Red Bull Bragantino – Vai pagar os salários integrais durante o período.
Palmeiras – Clube vai fazer estudo financeiro durante abril para avaliar a capacidade de manter os salários. O plano é não fazer redução.
Santos – Diretoria se compromete a pagar as férias até o quinto dia de maio e pode parcelar os valores. Uma possível redução salarial ainda será discutida, mas o interesse é manter os valores.
São Paulo – Diretoria vai conversar com o elenco sobre o assunto A primeira proposta foi de redução de 50% dos salários, oferta que foi recusada.
Sport – Vai realizar reuniões com os jogadores nos próximos dias para definir o que fazer.
Vasco – Depende de conversas com o elenco para resolver a redução salarial.