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Coronavírus: Justiça concede liberdade a ex-presidente da CBF

O ex-dirigente brasileiro estava detido em uma prisão federal dos Estados Unidos, mas recebeu nesta segunda-feira uma sentença favorável

atualizado

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Tomaz Silva/Agência Brasil
Jose Maria Marin
1 de 1 Jose Maria Marin - Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Ex-presidente da CBF, José Maria Marin ganhou a liberdade em meio à pandemia de coronavírus. O ex-dirigente brasileiro estava detido em uma prisão federal dos Estados Unidos, mas recebeu nesta segunda-feira uma sentença favorável, que o liberta da cadeia antes do cumprimento do período total de sua pena.

Marin foi condenado a quatro anos de prisão em agosto de 2018 por sua participação em um esquema de corrupção, no qual recebia subornos em acordos pela negociação dos direitos de transmissão e de marketing de torneios de futebol.

A juíza Pamela K. Chen anunciou sua decisão um dia depois de os advogados de Marin entrarem com uma moção de emergência solicitando a redução da sentença do ex-presidente da CBF, que completará 88 anos em 6 de maio.

Chen citou “sua idade avançada, saúde significativamente deteriorada, risco de graves consequências para a saúde devido ao atual surto de Covid-19, status de crime não violento e cumprimento de 80% de sua sentença original” entre os motivos de sua decisão.

Marin está na Instituição Correcional Federal de Allenwood, na Pensilvânia, e estava programado para ser posto em liberdade em 9 de dezembro. Ele foi governador de São Paulo de maio de 1982 a março de 1983 e presidiu a CBF de março de 2012 a abril de 2015. Ele também presidiu o Comitê Organizador Local da Copa do Mundo de 2014 no Brasil.

Prisão

O ex-dirigente foi preso em maio de 2015, quando iria participar de um congresso da Fifa em Zurique. Marin, então, foi extraditado para os EUA em novembro, libertado sob fiança e morava em um apartamento da Trump Tower enquanto aguardava julgamento.

Os promotores alegaram que Marin recebeu US$ 6,6 milhões (aproximadamente R$ 34,2 milhões, na cotação atual) em subornos. Um júri o condenou em dezembro de 2017 por três acusações de conspiração fraudulenta, duas de conspiração para lavagem de dinheiro e uma de conspiração para extorsão, crimes relacionados à Copa América, Copa Libertadores e Copa do Brasil.

A sentença de prisão foi definida por Chen em agosto de 2018. Além disso, no âmbito esportivo, Marin foi banido do futebol pela Fifa em abril de 2019 e multado em 1 milhão de francos suíços (R$ 5,4 milhões).

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