Corinthians já pagou R$ 165 milhões à Caixa por Neo Química Arena
Na época da construção do estádio, o clube fez um empréstimo de R$ 400 milhões junto à Caixa, que ainda está sendo quitado
atualizado
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O diretor financeiro do Corinthians, Wesley Melo, comentou, em entrevista ao GE, detalhes das negociações entre o clube paulista e a Caixa Econômica Federal pelo novo contrato de financiamento da Neo Química Arena. A entrevista foi ao ar nesta quinta-feira (28/7).
Wesley Melo revelou que, até o momento, o Corinthians já repassou cerca de R$ 165 milhões para o banco estatal até 2017. Entretanto, outros pagamentos não foram realizados devido ao fluxo de caixa.
Quando a arena estava sendo construída, o Timão fez um empréstimo de R$ 400 milhões junto à Caixa. Agora, a dívida está acumulada em R$ 611 milhões, ainda sendo corrigida anualmente pelo CDI. A expectativa é de que boa parte desses montantes seja pago com o valor adquirido nos naming rights do estádio.
O novo acordo prevê que o Corinthians comece a saldar os juros a partir de 2023, quando pagará R$ 76 milhões à Caixa. No ano seguinte, o valor será de R$ 64 milhões. Para 2025 e 2026, o valor estimado é de R$ 66 milhões. Mesmo que a proposta tenha sido apresentada à diretoria do clube, a variação da taxa Selic e de outros fatores pode alterar os valores.
Em contrapartida, Wesley está confiante de que o acordo terá êxito, uma vez que a arena está sendo autossustentável e permitirá que o contrato seja quitado sem a necessidade de um auxílio extra.
“Começamos a fazer mais eventos na nossa arena. Ela é sustentável, e a expectativa é de que sobre dinheiro mesmo a partir de 2025 [quando o valor principal passará a ser cobrado]. A arena não é problema, mas solução!”, finalizou ele.