Copa América: o duelo à parte das torcidas de Brasil e Argentina
A garganta dos brasileiros e argentinos não sabia o que era torcer há muito tempo e foi usada sem moderação no clássico
atualizado
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Rio de Janeiro (RJ) – O título da Copa América foi decidido além das quatro linhas. O público que esteve presente no Maracanã neste sábado (10/7) foi tão decisivo quanto qualquer passe, bote, chute e defesa. A garganta dos brasileiros e argentinos não sabia o que era torcer há muito tempo e foi usada sem moderação no clássico.
O aquecimento começou antes da bola rolar. Por algum motivo, uma quantidade maior de argentinos conseguiu entrar no estádio antes da maior massa verde e amarela. E, por isso, fizeram mais barulho durante o aquecimento das seleções.
Depois do apito inicial, os argentinos mantiveram o volume alto, mas ficaram calados em vários momentos. Quando o reforço da torcida brasileira chegou, a bateria do Movimento Verde Amarelo, e pareceu que as coisas ficariam mais animadas, foi justamente quando Di Maria abriu o placar.
O gol, no entanto, não diminuiu a empolgação de ter o batuque no ritmo brasileiro e os gritos para apoiar o Brasil passaram a ser mais constantes e intensos. Tentaram empurrar até o último minuto, mas não alterou o resultado final.
Amor enrustido
Chamou atenção a reação dos presentes quando Neymar e Messi tocavam na bola. Os argentinos vaiavam o craque brasileiro e o mesmo acontecia do lado verde e amarelo quando o camisa 10 da Argentina participava das jogadas.
Mas, por trás das vaias, é claro que havia a realização de ver os dois dividindo o campo num dos maiores clássicos entre seleções do mundo. No fim das contas, todos os presentes no Maracanã podem se considerar privilegiado, pois testemunharam o dia histórico do primeiro título de Lionel Messi com a camisa celeste.
E a pandemia?
Quando foi divulgada a liberação de público em 10% da capacidade do Maracanã, a Conmebol definiu pontos obrigatórios para cumprir as medidas de segurança da Covid-19. Os torcedores teriam de usar máscara, respeitar o distanciamento e só entraria no estádio quem apresentasse resultado de teste negativo.
Até aí tudo bem. Na teoria parecia que tudo daria certo, mas na prática não foi assim. Era visível que do lado argentino havia mais aglomeração que onde estavam os brasileiros, que também se juntaram em um mesmo espaço, mas em menor número. A maioria respeitou bem o distanciamento.
Da tribuna de imprensa, não era possível observar se faziam uso de máscara ou não.