metropoles.com

Condenado por estupro: Brasil nega extradição de Robinho à Itália

A decisão da recusa foi baseada no artigo 5 da Constituição Federal; advogado da vítima acredita que a pena pode ser cumprida no Brasil

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Marco Luzzani/Getty Images
Robinho Milan - metrópoles
1 de 1 Robinho Milan - metrópoles - Foto: Marco Luzzani/Getty Images

Condenado a nove anos de prisão por estupro contra uma mulher albanesa em uma boate de Milão, em 2013, o ex-jogador Robinho teve seu pedido de extradição a Itália negado pelo Brasil.

O pedido foi negado com base no artigo 5 da Constituição Federal, que proíbe a extradição de cidadãos brasileiros. Contudo, a Itália poderá pedir o cumprimento da pena no Brasil, de acordo com fontes ouvidas pela Agenzia Nazionale Stampa Associata (Ansa), principal agência de notícias italiana.

Ao UOL, o advogado da vítima disse que já esperava a decisão do governo brasileiro e que espera que a condenação seja cumprida no Brasil.

“Essa era uma resposta previsível. Conhecíamos a Constituição brasileira, mas o que nos sensibiliza é que nesse caso específico um instrumento que deveria defender o cidadão foi usado como escudo para fugir da condenação e para obter impunidade. Agora esperamos que a pena seja executada no Brasil, mas sei o que há a necessidade de se fazer um outro processo para isso”, disse Jacopo Gnocchi.

5 imagens
Na época, o jogador atuava pelo Milan
O atacante foi condenado a 9 anos de prisão pelo crime
O jogador foi condenado com o amigo Ricardo Falco
Robinho pelo Santos
1 de 5

Robinho foi condenado por um caso de estupro ocorrido em 2013

Marco Luzzani/Getty Images
2 de 5

Na época, o jogador atuava pelo Milan

Maurizio Lagana/Getty Images
3 de 5

O atacante foi condenado a 9 anos de prisão pelo crime

Friedemann Vogel/Getty Images
4 de 5

O jogador foi condenado com o amigo Ricardo Falco

Reprodução/Instagram Robinho
5 de 5

Robinho pelo Santos

Alexandre Schneider/Getty Images

Relembre o caso

O crime ocorreu no ano de 2013, na boate Sio Caffé, em Milão, na época em que o jogador atuava pelo Milan. Além do atleta, outros quatro brasileiros foram acusados de estuprar uma moça de origem albanesa na ocasião.

De acordo com acusação da vítima, Robinho e seus amigos teria oferecido bebida a mulher até deixa-la inconsciente antes de cometerem o crime no camarote da boate, onde praticaram “múltiplas e consecutivas relações sexuais com ela”.

O caso voltou à tona no fim de 2020, quando o jogador foi anunciado pelo Santos, em outubro. A repercussão da contratação, no entanto, foi a pior possível. Torcedores do Peixe e de outras equipes condenaram a diretoria e o atleta pela contratação.

Vale lembrar que após ter uma conversa telefônica grampeada, Robinho afirmou que não estava ligando para a investigação pois a vítima estava bêbada e não se lembra do ocorrido.

“Estou rindo porque não estou nem aí, a mulher estava completamente bêbada, não sabe nem o que aconteceu” disse o ex-jogador ao amigo Jairo Chagas.

“Olha, os caras estão na m****. Ainda bem que existe Deus, porque eu nem toquei naquela garota. Vi os outros f***** ela, eles vão ter problemas, não eu. Eram cinco em cima dela”, completou.

Porém, Chagas afirmou ter visto o brasileiro “colocar o pênis dentro da boca” da vítima, e Robinho rebateu dizendo que “Isso não significa transar”. De acordo com os advogados do , as relações com a vítima foram consensuais.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comEsportes

Você quer ficar por dentro das notícias de esportes e receber notificações em tempo real?