Comissão de Ética da CBF altera decisão e punição de Caboclo passa para 21 meses
Dirigente está afastado do cargo desde o dia 6 de junho, quando as denúncias de assédio moral e sexual vieram à tona
atualizado
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A Comissão de Ética da CBF alterou a decisão com relação a punição dada ao presidente afastado, Rogério Caboclo. Segundo publicação do “GE” desta segunda-feira (20/9), a mudança ocorreu após uma contestação feita pela equipe jurídica que atende uma das vítimas que fez denunciou Caboclo dos assédios.
Após nova análise, os integrantes da Comissão entenderam que houve sim assédio por parte do dirigente. Antes, a conduta de Caboclo havia apenas sido julgada como “atitude inapropriada”. Na avaliação dos membros do órgão, o presidente afastado violou o artigo aborda “assédio, de qualquer natureza, inclusive moral ou sexual”.
Além das acusações ligadas ao assédio, a Comissão ainda concluiu que Rogério utilizou indevidamente os recursos da CBF para a compra de bebidas alcóolicas. Uma das funcionárias contou em depoimento que Caboclo constantemente solicitava vinhos durante viagens, além de chegar a consumir bebidas alcoólicas no prédio da Confederação.
As novas decisões, no entanto, passarão por uma assembléia formada pelas 27 federações estaduais. A reunião deve ocorrer na próxima semana. Se for aprovada, o dirigente só poderá retornar ao cargo em junho de 2023, faltando um mês para o fim de seu mandato.
Em decisão do início de setembro, a Justiça do Trabalho determinou o afastamento de Caboclo da CBF por um ano. A decisão tem como como objetivo principal proteger os funcionários que denunciaram os supostos abusos do dirigente. Ao todo, três mulheres que trabalharam na CBF fizeram denúncias contra Caboclo. Na decisão, a Justiça fixou uma multa diária de R$ 500 mil caso o Rogério Caboclo não respeite a determinação.
A assessoria de Caboclo publicou uma nota sobre a mudança feita pela Comissão de Ética. Leia na íntegra.
“Nota do presidente da CBF, Rogério Caboclo.
A mudança de opinião da comissão de ética da CBF não existe no mundo jurídico e acontece “coincidentemente” 24 horas após a parcial entrevista veiculada em programa de TV.
Ela é mais um episódio da armação construída por adversários para retirar Rogério Caboclo da presidência e permitir, assim, que antigos dirigentes corruptos voltem a comandar a entidade.
Fica evidente a parcialidade dos integrantes da comissão, que é ligada à Marco Polo Del Nero, opositor de Rogério Caboclo. A ligação dos julgadores com o ex-cartola já foi tema de reportagens na imprensa.
O presidente da CBF reafirma que é vítima de um tribunal de exceção. A defesa de Rogério Caboclo trabalha para que a justiça seja feita e ele seja reconduzido ao cargo, para o qual foi eleito com 96% dos votos.”
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