“Coisas não saíram como programadas”, diz Roberto Carlos sobre Seleção
De acordo com o pentacampeão Roberto Carlos, fatores fora do gramado influenciam no desempenho dos jogadores da Seleção Brasileira
atualizado
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O ex-lateral-esquerdo Roberto Carlos concedeu entrevista durante sua participação no evento Fifa Legends, em Doha, nesta quinta-feira (15/12). Questionado sobre polêmicas, o pentacampeão opinou sobre a eliminação da Seleção Brasileira e como os fatores fora do gramado influenciam no desempenho dos jogadores.
“O futebol mudou, cada um vive do jeito que quer. Eu vi muitas notícias, mas não respondi porque não me acrescenta em nada ficar respondendo comentários mal intencionados. Não sou oportunista, não me formei para falar mal de ninguém. Meu clube me ensina a ser educado nos momentos mais difíceis na vida de uma pessoa”, comentou.
Roberto Carlos ainda pontuou que “não é fácil ganhar uma Copa do Mundo”. “Perdi em 1998 e ganhei em 2002. Mas não é fácil, você só tem quatro anos para conseguir se recuperar. Na nossa época, não tinha tanto telefone, mudança de cabelo e coisas extracampo que acabam prejudicando. Mas não me meto na vida de ninguém”, disse ele.
Eliminação da Seleção Brasileira
O ex-jogador também falou sobre a eliminação do Brasil na Copa do Mundo do Catar. Para ele, “as coisas não saíram como programadas”. “É normal, dentro do futebol, você tentar fazer uma coisa que está dando certo antes da competição, mas chegar no torneio curto e dar tudo errado”, explicou ele.
Segundo Roberto Carlos, os atletas brasileiros que jogam pelo Real Madrid estão abalados com a derrota. “Os meninos estão tristes, de verdade. Não só Vini e Rodrygo, mas Militão. Se ligar para o Neymar, por mais que ele queira distrair, você sabe que ele também está. Não é fácil perder uma Copa do jeito que perdemos”, afirmou.
O pentacampeão ainda foi questionado sobre uma possível continuidade do trabalho de Neymar com a Canarinho.
“Falo mais com o pai do Neymar e ele não me contou se o filho vai continuar na Seleção. Mas se vocês querem que ele permaneça, podem ajudar nisso. Eu parei de jogar pela Seleção depois de receber muitas críticas da imprensa. Criticar faz parte, mas palavras de ânimo também ajudam. Se vocês fizerem a parte de vocês e ajudarem o Neymar, ele fica”, cravou Roberto.
Torcida e Copa do Mundo
Sobre o Mundial, o ex-lateral disse que “não está sendo uma Copa do Mundo com grandes jogos”. “Seleções consideradas não favoritas complicaram a vida das favoritas. Se França e Argentina estão na final, significa que os dois fizeram melhor o trabalho e estão de parabéns”, disse.
Roberto Carlos também não declarou torcida para nenhuma das finalistas. “Eu vou torcer para que seja um grande jogo, não tenho preferência. Depois que o Brasil saiu, não tenho uma seleção favorita, tenho amizade com a maioria dos jogadores. Não tenho uma preferência, sou brasileiro”, finalizou.