metropoles.com

Clubes da Série A querem comprar vacinas para imunizar jogadores e funcionários

O projeto ainda precisa da aprovação do Senado e do presidente Jair Bolsonaro (sem partido)

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Reprodução/Polícia Civil de Goiás
Vacinas de Covid furtadas da Secretaria de Saúde de Goiás
1 de 1 Vacinas de Covid furtadas da Secretaria de Saúde de Goiás - Foto: Reprodução/Polícia Civil de Goiás

Depois que o Athletico-PR se mostrou favorável ao projeto de compra de vacinas contra Covid-19 pela iniciativa privada, outros clubes de futebol da Série A do Campeonato Brasileiro, como Flamengo, Atlético-MG e Cuiabá, e até entidades regionais, como a Federação Cearense, também revelam apoio à compra de imunizantes para proteger atletas e funcionários. O projeto ainda precisa da aprovação do Senado e do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Algumas associações esperam para ver como isso se daria e outras falam em imunizar sócios-torcedores, que não estão nos grupos prioritários como entidade.

A Câmara dos Deputados aprovou, em votação na quarta-feira passada, o Projeto de Lei 948/21, que autoriza a compra de vacinas pela iniciativa privada. Agora, restam a análise e aprovação do Senado Federal e a sanção do presidente Jair Bolsonaro. De acordo com o projeto, a metade das vacinas adquiridas pelas instituições tem de ser doada para o Sistema Único de Saúde (SUS). Além disso, a vacinação dos funcionários deve seguir os critérios de prioridade do Programa Nacional de Imunizações (PNI). Ou seja: os grupos de risco deverão ser imunizados antes dos demais trabalhadores.

“Somos favoráveis à compra de vacinas pela iniciativa privada desde que exista um porcentual para o SUS (Sistema Único de Saúde). Esse assunto já foi tema de bate papo com os clubes cearenses e todos foram unânimes em concordar”, afirma Mauro Carmélio, presidente da Federação Cearense de Futebol. Atualmente, a entidade representa dois clubes da Série A (Ceará e Fortaleza).

Clubes como o Flamengo também apoiam o projeto. Os detalhes e a forma de aquisição ainda não foram discutidos pela diretoria do atual campeão brasileiro. Mesmo sentimento tem o Atlético-MG. “Tudo o que for feito para ajudar a minimizar os efeitos da pandemia tem o apoio do Clube Atlético Mineiro. Se tal medida trouxer benefícios a todos, somos favoráveis”, informou o Atlético-MG ao Estadão. “Se o governo liberar, o Cuiabá E.C. tem a intenção de comprar a vacina contra o coronavírus para jogadores, funcionários e sócios do clube”, informou o time do Mato Grosso que vai disputar a Série A pela primeira vez neste ano. O Cuiabá foi quem mais se aproximou do torcedor, quando se refere aos associados da entidade.

O Athletico-PR, primeiro clube a se manifestar sobre o tema de forma positiva, pretende adquirir vacinas também para os sócios que estão colaborando com o pagamento de suas mensalidades na pandemia, mesmo sem poder ir ao estádio. Mario Celso Petraglia, CEO do clube, tenta mobilizar dirigentes de outros times do Brasil. O tema foi colocado em um grupo de WhatsApp formado pelos cartolas da Série A. Nem todos responderam ainda. A intenção é trabalhar em bloco, se possível com as entidades esportivas, como a CBF.

Para Carmélio, a compra das vacinas reduz o custo com as testagens para identificação do novo coronavírus, além de proteger os funcionários. “Além de acelerar a imunização com funcionários, atletas e familiares de idade menor àquela estabelecida pelo Governo Federal, a ação reduz o custo financeiro dos clubes, federações e CBF com a realização de testes PCR”, opina. Os testes são feitos até três vezes por semana.

Outras entidades adotam tom mais cauteloso. Na Federação Paulista de Futebol, por exemplo, o tema ainda não foi colocado em discussão entre os clubes. O assunto é polêmico. Críticos à proposta alertam para o risco da oferta de vacinas que não tenham a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), além da criação de uma fila dupla de vacinação. Mesmo se for aprovado integralmente pelo Senado, o projeto irá enfrentar um grande obstáculo, que é a disponibilidade de doses no curto prazo.

No Brasil, o futebol nunca parou 100%. São Paulo e a capital do Rio de Janeiro, por exemplo, foram proibidas de receber e organizar jogos durante um período em função das restrições impostas por governadores e prefeitos por causa do avanço da doença. Em São Paulo, no entanto, os jogos foram liberados neste fim de semana, desde que a partir das 20 horas e seguindo os protocolos de saúde. Os jogadores de futebol ainda não foram vacinados no País. Nesta semana, a campanha de vacinação atinge a idade mínima de 65 anos.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comEsportes

Você quer ficar por dentro das notícias de esportes e receber notificações em tempo real?