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CLDF discute projeto que altera nome de estádio no DF: efeito Maracanã

Uma audiência pública para debater o projeto de Lei 1929/2018, de Rafael Prudente (MDB), será realizada nesta quinta-feira (18/3)

atualizado

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Estádio do Cruzeiro Novo, Ninho do Carcará
1 de 1 Estádio do Cruzeiro Novo, Ninho do Carcará - Foto: Google Maps

A Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) fará nesta quinta-feira (18/3) uma audiência pública para debater a mudança de nome do estádio do Cruzeiro Novo. O projeto de lei 1929/2018, de autoria do deputado Rafael Prudente (MDB), sugere a troca de Francisco Pires para Odilon Aires, ambos com passado político na capital.

A audiência pública remota será realizada a partir das 10h, e será transmitida ao vivo pelo canal TV WEB CLDF. O momento da discussão sobre a mudança de nome do estádio coincide com uma outra, polêmica, no Rio de Janeiro. Na semana passada, a Alerj aprovou o projeto de lei assinado por 23 deputados, o qual rebatiza o espaço Jornalista Mario Filho de Edson Arantes do Nascimento, Rei Pelé. A homenagem, no entanto, não agradou diversos segmentos, que criticaram a votação e fazem pressão para o governador em exercício, Claudio Castro (PSC), não sancioná-la.

Em relação ao estádio do Cruzeiro-DF, também conhecido como Ninho do Carcará, a discussão ainda está no início. Embora o projeto de Prudente seja de 2018, ele começa o rito nesta quinta, com a audiência pública, mas a tendência é que passe por comissões, até chegar à votação em plenário e, posteriormente, sanção do governador.

Entre as justificativas do projeto está o fato de Aires ter fundado e presidido a Associação dos Moradores e Inquilinos do Cruzeiro, na época em que foi prefeito comunitário da cidade. “Lutou na época para autonomia administrativa da hoje Região Administrativa Cruzeiro”, destaca o texto.

Odilon Aires também foi condenado a nove anos e 4 meses de prisão, em regime fechado, por corrupção passiva em processo da Operação Caixa de Pandora.

O homenageado morreu no início de outubro de 2020, aos 69 anos. Ele sofria de esclerose lateral amiotrófica (ELA), doença que não tem cura, desde 2015. “Em memória ao nosso querido Odilon Aires, com o intuito de resgatarmos as lembranças e homenagear esse homem guerreiro, que teve uma atuação expressiva na política do DF”, afirma Prudente.

Administração de olho

Atual administrador do Cruzeiro, Luiz Eduardo Pessoa informou ao Metrópoles que tem ciência do projeto e acompanha de perto. “Trata-se de matéria da alçada da Câmara Legislativa, que tem cumprido os ritos de escuta e debate com a comunidade a respeito da proposta. A Administração acompanha com especial interesse, por se tratar de um relevante equipamento público”, afirmou. A administração informou ainda que terá um representante na audiência desta quinta-feira.

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