Chile segura Seleção Feminina e leva título do torneio nos pênaltis
As brasileiras pararam na melhor goleira do mundo, Christiane Endler, durante os 90 minutos, Aline brilhou nos pênaltis, mas perdeu
atualizado
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O clima de São Paulo, neste domingo (01/09/2019), não contribuiu para a boa demonstração de futebol da Seleção Brasileira feminina. Durante maior parte do primeiro tempo, a chuva caiu forte e alegou partes do campo, deixando o jogo truncado.
Quando não foi a chuva que atrapalhou, acabou sendo o sistema defensivo chileno, que atuou bem, anulou o ataque brasileiro durante todo o jogo e contou com a sorte em alguns erros da Seleção. A decisão acabou ficando para a disputa de pênaltis, a goleira Aline, que entrou no 2º tempo, pegou três cobranças, mas Raquel, Luana, Bruna e Joyce desperdiçaram as batidas e chilenas levaram o título do torneio.
O jogo
Logo no segundo minuto Bia Zaneratto conseguiu chutar de primeira dentro da área e a chilena Endler fez boa defesa para impedir o gol brasileiro. Em São Paulo, caia forte chuva nos primeiros instantes da final. Aos 10 minutos, haviam diversas poças d’água dentro de campo e a bola parava em certos locais. Partida ficou travada e feia. Era difícil trabalhar as jogadas de ataque que o Brasil construiu no duelo contra a Argentina, por exemplo, quando venceu por 5 x 0.
Na marca dos 17, Endler apareceu novamente para salvar a seleção do Chile. Mônica pulou para cabecear, mas a goleira salvou. Dois minutos depois, o Brasil tentou novamente, mas dessa vez com Milene, que dominou dentro da área e encheu o pé. A bola desviou na zaga e sobrou para a arqueira defender mais uma.
Aos 30 minutos, o Chile chegou com mais perigo à meta brasileira com Lara, que chutou de fora da área e obrigou Aline a fazer a primeira defesa do jogo. Já no minuto 35 a chuva deu trégua e o bom futebol voltou a aparecer na partida. A Seleção Brasileira passou a conseguir impor seu estilo e ritmo de jogo, mas a marcação chilena estava bem nos duelos com o ataque verde e amarelo.
Nos últimos minutos, aos 44, o Brasil conseguiu abrir o placar após cobrança de escanteio. A bola ficou perdida dentro da área e sobrou para Formiga que deixou o segundo dela na competição, mas a bandeirinha já havia assinalado falta na disputa. No lance seguinte, aos 46 minutos, Ludmilla engatou a 5ª marcha e deixou a marcação para trás pela direita, chegou até a linha de fundo e tocou para Bia Zaneratto, que estava dentro da área em boa condição para fazer o gol, mas acabou se atrapalhando. A redonda bateu no pé de apoio e foi para fora. A atacante perdeu a chance mais clara de gol do Brasil no jogo.
2º tempo
No 5º minuto da etapa final, Chú, que entrou no lugar da Milene, acreditou de fora da área, chutou forte, mas a guardiã chilena, a melhor do mundo na posição, não permitiu o gol brasileiro novamente. Brasil passou muito tempo sem ameaçar o Chile com objetividade. As adversárias fazem marcação em pressão, sem dar espaço para as brasileiras construírem as jogadas. Da mesma forma, claro, faz a zaga de Pia Sundhage.
Em jogada despretenciosa, aos 32 minutos, Bia tentou encontrar Ludmilla dentro da área, a atacante não alcançou e a bola acabou passando muito perto da trave direita da goleira Endler. Aos 37, foi a vez da redonda ameaçar a meta da Seleção. Após cruzamento chileno, Formiga desviou, a bola bateu na zagueira Bruna e quase saiu gol contra. Ela saiu pela linha de fundo, assustando a goleira Aline Milene.
Com o placar empatado durante os 90 minutos, a decisão ia se encaminhando para os pênaltis e assim aconteceu. Nas penalidades máximas, Endler começou defendendo a primeira cobrança de Raquel e em seguida Lara guardou o dela, fazendo 1 x 0 Chile.
Quando estava 3 x 3 nas cobranças, Aline pegou a batida de Pardo e salvou outras duas, mas Luana e Bruna também perderam para a Seleção deixando tudo igual. No 15º chute, Joyce bateu no meio do gol, Endler pegou e na sequência Toro garantiu o título do torneio para o Chile.