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Centros de treinamentos que vão abrigar seleções no DF durante as Olimpíadas necessitam de reformas

Cave, Cecaf, Colégio Militar e Bezerrão abriram as portas ao “Metrópoles”. Cada um conta com, ao menos, um ponto a ser reestruturado. Situação do estádio do Guará é a mais preocupante

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Daniel Ferreira/Metrópoles
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1 de 1 Daniel Ferreira/Metrópoles - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

As Olimpíadas de 2016 começam em, aproximadamente, nove meses. E, como uma das cidades que receberá jogos de futebol, Brasília está no calendário olímpico. A primeira partida da Seleção Brasileira masculina, no Mané Garrincha, está com os ingressos esgotados. Porém, se a festa na arena é certa, fica a dúvida onde os países que disputarão os Jogos irão treinar na cidade. Ao que parece, mesmo com pouco tempo para o início do aguardado evento, muita coisa ainda há para ser feita.

O Governo do Distrito Federal indicou quatro espaços ao Comitê Olímpico Internacional: o Estádio Cave (Guará), o Centro de Capacitação e Aperfeiçoamento Físico do Corpo de Bombeiros (Cecaf, no Setor Policial Sul), o Colégio Militar de Brasília (Asa Norte) e o Estádio Bezerrão (Gama). O “Metrópoles” foi até cada um desses locais e verificou que, em cada um deles, há pelo menos um aspecto a ser reformado para conseguir se adaptar ao caderno de encargos da entidade.

Dos locais de treinamentos, dois não receberão qualquer parcela em dinheiro para reparos: o estádio Bezerrão e o Cecaf. Ambos já tiveram recursos do Governo Federal para a Copa do Mundo e não terão verbas extras. Já o Cave, segue com imbróglio de uma licitação que tende a ficar parada. O Colégio Militar, por sua vez, contará com orçamento para o plantio de um novo gramado. Confira a situação de cada um dos campos de treinamento que poderão (ou não) receber craques do futebol mundial.

  • Cave
  • A situação mais emergencial é a do estádio do Guará. A começar pelo “cartão de visitas”, com muros pichados, com apologia às drogas e visualmente sujo. Pelo lado de dentro, a situação é ainda mais crítica. O estádio, que poderia receber os treinos na Copa do Mundo da Fifa, segue em situação de abandono, assim como vários outros espaços interditados no Distrito Federal.

O gramado está impraticável. Os vestiários necessitam de melhorias, já que só há um chuveiro – dos seis exigidos – com água quente, além de um único vaso sanitário disponível. Sem contar que várias pias não contam com água. A área de estacionamento para receber imprensa, ônibus das delegações e segurança é bem pequena.

Para piorar, o Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) vetou a licitação para a reforma do estádio do Guará. O argumento foi o alto dinheiro gasto durante a construção do Mané Garrincha e que ainda não trouxe retorno para o DF.

O presidente do time da cidade, o Guará, Samuel Gomes, até concorda com o argumento, principalmente no que se refere ao dinheiro gasto na arena da Copa. “Foi um gasto absurdo. Com 1% do que foi investido lá, poderíamos ter reformado os outros 11 estádios do DF. É lamentável que o TCDF faça isso com a gente”, desabafa.

Antes do começo da Segunda Divisão do DF, o próprio Samuel iniciou algumas reformas pontuais no estádio. Pintou as paredes próximas à entrada dos jogadores e reformou o banco de reservas.

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Principal portão de entrada do estádio do Guará tomada por pichações.
Entrada para os vestiários do Cave está abandonada
Área para aquecimento, próxima ao vestiário, é de concreto
Redes do gol do Cave estão furadas. Gramado tem mato alto
Próximo a um dos gols, um cupinzeiro é criado pelos insetos
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Espaço de fora do estádio, que pode servir para estacionamento dos ônibus das delegações

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Principal portão de entrada do estádio do Guará tomada por pichações.

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Entrada para os vestiários do Cave está abandonada

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Área para aquecimento, próxima ao vestiário, é de concreto

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Redes do gol do Cave estão furadas. Gramado tem mato alto

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Próximo a um dos gols, um cupinzeiro é criado pelos insetos

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Uma das quatro saída de emergência do estádio do Cave

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Fiação do estádio está exposta e sem proteção alguma.

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Mato cresce próximo ao alambrado do estádio do Cave

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Banheiros para o público estão sujos e mal conservados.

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O que parece um galpão era a área destinada para o bar do estádio

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Entulho acumulado atrás de um dos portões de acesso ao gramado

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Placar longe dos padrões olímpicos. Um 7 a 0 para o descaso

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Vestiário do Cave é conservado, mas passa longe do padrão olímpico

  • Bezerrão
  • Principal estádio do DF após o Mané Garrincha, o estádio Bezerrão segue com suas intermináveis reformas no gramado. Estádio que recebeu apenas um treinamento durante a Copa das Confederações de 2013, com a seleção do Japão usufruindo o espaço, tem conta com uma estrutura boa, mas os vários jogos no começo do ano do Campeonato Candango prejudicaram o estado do gramado.

Durante a visita do Metrópoles ao estádio, alguns funcionários cuidavam do gramado surrado por conta das pragas que se alastraram no gramado verde, que hoje conta com partes queimadas devido o uso de materiais químicos para acabar com as pestes. No segundo semestre, foi utilizado na Segunda Divisão do DF, além de partidas de futebol americano.

Por outro lado, as seleções que tiverem acesso a Arena do Gama terá a melhor estrutura de vestiários e ambiente para os jogadores. A única ressalva são as banheiras interditadas por falta de manutenção – algo que não está na exigência do COI.

Durante a Copa do Mundo, o estádio ficou cedido à Fifa, mas nenhuma seleção quis usá-lo. Um dos motivos é a distância. Dos campos para as Olimpíadas, é o mais longe dos hotéis e do Mané Garrincha, com 34 km de distância.

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Parte do gramado está queimado por conta de produtos químicos para matar as pragas
Estádio conta com entradas exclusivas para os ônibus das seleções
Sala de coletiva do Bezerrão. Único Centro de Treinamento que conta com setor para acomodar a imprensa.
Vestiários do Bezerrão são padrões Fifa. São quatro no total, todos com lockers
O caderno de encargos pede seis chuveiros. No Bezerrão a conta vai além.
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Gramado do Bezerrão é o principal problema. Funcionários tentam ajustá-lo para o ano que vem

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Parte do gramado está queimado por conta de produtos químicos para matar as pragas

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Estádio conta com entradas exclusivas para os ônibus das seleções

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Sala de coletiva do Bezerrão. Único Centro de Treinamento que conta com setor para acomodar a imprensa.

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Vestiários do Bezerrão são padrões Fifa. São quatro no total, todos com lockers

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O caderno de encargos pede seis chuveiros. No Bezerrão a conta vai além.

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Vestiário é amplo e acomoda bem as delegações que forem utilizar o estádio como Centro de Treinamento

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Por outro lado, as banheiras do estádio está desativada por falta de manutenção.

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Vestiário conta, inclusive, com máquina de gelo caso os jogadores precisem para evitar dores musculares

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Vestiário ainda conta com uma área de aquecimento para evitar o uso do gramado antes dos jogos.

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  • Colégio Militar de Brasília

Requisitado de última hora pelo GDF, o Colégio Militar de Brasília está prestes a receber as seleções em seu complexo. É bem verdade que faltam ajustes no local, como a troca do gramado e a reforma dos vestiários. Tais benfeitorias será com um orçamento de R$ 1 milhão por meio de repasse do Ministério do Esporte.

Inicialmente, o Colégio Militar iria ter dois campos, mas somente o campo de futebol e atletismo será reformado. Atualmente, o gramado está bem aquém do ideal. Contudo, conta com manutenção periódica. “Ainda nos falta reformar o
campo e os vestiários, pois o que temos é bom, mas não para padrão Fifa”, diz Major Nelson, chefe da sessão de educação física do Colégio Militar.

Um dos pontos a serem observados para a escolha do Colégio Militar é a distância. São apenas 900 metros que separa o estádio do possível Centro de Treinamento ou dos hotéis. Sem contar que a segurança será ainda superior do que a normal, por ser uma área do Ministério da Defesa.

“Para o colégio é uma possibilidade de fornecer ao aluno uma estrutura de primeiro nível. E ao GDF e a comunidade, o legado de receber jogos escolares e até clubes de futebol que vierem a Brasília e do próprio DF. Isso irá fomentar ainda mais a prática esportiva”, acrescenta Major Nelson.

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Gramado, entretanto, é utilizado também para o atletismo e ainda precisa de reparos.
Apesar da manutenção periódica, hoje o local não poderia receber uma seleção de grande porte.
Além do gramado, CMB terá reforma dos vestiários, no valor de R$ 1 milhão, com repasse do Ministério do Esporte
Local conta com amplo estacionamento próximo a um dos seis vestiários
Ainda que precise de uma reforma, CMB conta com uma boa estrutura de vestiários.
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Complexo dos Bombeiros já tem o espírito olímpico com uma tocha próximo ao campo

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Gramado, entretanto, é utilizado também para o atletismo e ainda precisa de reparos.

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Apesar da manutenção periódica, hoje o local não poderia receber uma seleção de grande porte.

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Além do gramado, CMB terá reforma dos vestiários, no valor de R$ 1 milhão, com repasse do Ministério do Esporte

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Local conta com amplo estacionamento próximo a um dos seis vestiários

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Ainda que precise de uma reforma, CMB conta com uma boa estrutura de vestiários.

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Local é amplo e conta com mais de seis chuveiros com água quente, superior ao exigido pelo COI

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Lockers de ferro e bancos dos vestiários deverão ser reformados para se adequar ao padrão olímpico

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  • Cecaf – Centro de Capacitação e Aperfeiçoamento Físico do Corpo de Bombeiros

Em contraponto a todos os locais de treinamento escolhidos pelo Comitê Organizador dos Jogos do Rio-2016, o Centro de Capacitação e Aperfeiçoamento Físico do Corpo de Bombeiros (Cecaf) está à frente dos demais. Mais ainda carece de algumas adaptações, como os vestiários, ponto que não foi utilizado durante a Copa do Mundo.

O tenente coronel dos Bombeiros, Carlos Ney, admitiu que as sete seleções que estiveram no Cecaf durante a Copa do Mundo no ano passado, nenhuma delas utilizou os vestiários. Contudo, como se trata de uma exigência do COI, uma das salas do ginásio de esportes será adaptado, mesmo com dois vestiários podendo ser utilizados.

O campo de jogo está em bom estado. Durante seis meses, ficou sem uma manutenção mais ampla, mas hoje poderia receber qualquer time ou seleção de futebol. Próximo aos campos, o Cecaf terá como benfeitorias um centro de imprensa e uma ampliação na rede pluvial.

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Nenhuma outra seleção quis treinar no Bezerrão, devido a distância, preferindo  o campo dos bombeiros
O gramado não passa por manutenção há seis meses, mas hoje poderia receber qualquer seleção
Em caso de chuvas, equipes podem utilizar também o ginásio do complexo
O ponto negativo é a falta de vestiários aptos. Uma das salas,que hoje serve de galpão, deve ser adaptado.
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Cecaf, dos Bombeiros, recebeu sete seleções durante a última Copa do Mundo

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Nenhuma outra seleção quis treinar no Bezerrão, devido a distância, preferindo o campo dos bombeiros

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O gramado não passa por manutenção há seis meses, mas hoje poderia receber qualquer seleção

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Em caso de chuvas, equipes podem utilizar também o ginásio do complexo

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O ponto negativo é a falta de vestiários aptos. Uma das salas,que hoje serve de galpão, deve ser adaptado.

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