Ceni e Claudinho: os maiores “campeões” do Brasileirão 2020
No início da competição, eles eram coadjuvantes em times modestos. Após 38 rodadas, estão premiados e em outro patamar no futebol nacional
atualizado
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Cláudio Luiz Rodrigues Parisi Leonel e Rogério Mücke Ceni. Esses dois nomes iniciaram o Campeonato Brasileiro longe do glamour dos grandes clubes e com objetivos modestos, mas se despedem de 2020 cheios de moral. Claudinho, meia do RB Bragantino, e Rogério Ceni, técnico do Flamengo, estão entre os mais premiados da temporada e irão para 2021 em outro patamar.
Ceni iniciou o Brasileirão à frente do Fortaleza. Campeão da Série B de 2018 com o Leão, sabia que o principal objetivo dois anos depois ainda era manter o time na elite. Com uma campanha sólida, cumpria à risca a meta traçada, até receber o convite para treinar o Flamengo. O ex-goleiro, com apenas quatro anos de experiência como treinador, não pensou duas vezes e embarcou na missão no dia 9 de novembro.
“Todo treinador almeja vencer, ganhar jogos, campeonatos. essa passagem pelo Fortaleza foi muito especial para mim, engrandecedora em todas as áreas. Um aprendizado, um combo muito grande para mim. O que me credenciou para chegar ao Flamengo. Fico contente com a confiança que o clube depositou em mim, acreditar que era possível um treinador jovem, com apenas pouco menos de quatro anos de trabalho, conduzir um time que tem a maior torcida do pais”, comemorou Ceni, em entrevista após ser escolhido o melhor técnico do Brasileirão no Prêmio Bola de Prata, da ESPN.
Campeão brasileiro pela primeira vez como técnico, Rogério fez história no tradicional evento ao conquistar a honraria na terceira categoria diferente. No evento da CBF, porém, o técnico premiado foi Abel Braga, do Internacional, com o vice-campeonato.
Claudinho segue trajetória parecida com a de Rogério Ceni no Brasileirão. Após ser um dos destaques do Bragantino na Série B de 2019, ele assumiu protagonismo na elite Nacional em 2020, mas sem precisar mudar de casa. Camisa 10 do time do interior paulista, ele se tornou um dos artilheiros do Brasileirão, com 18 gols, enfileirou premiações individuais no Bola de Prata e na CBF e será o nome mais cobiçado do mercado brasileiro em 2021.
“A cada temporada eu venho crescendo. Em 2019, fiz uma boa Série B, agora, em 2020, fiz uma bela temporada e fico muito feliz com o reconhecimento”, comemorou Claudinho, também no Prêmio Bola de Prata. Sobre o desejo de deixar o time do interior paulista e alçar voos maiores, o camisa 10 preferiu não fazer planos. “Tenho contrato com o Red Bull Bragantino até 2024, estou muito feliz e muito contente. É continuar com os pés no chão para cada vez mais atingir meus objetivos.”
Os prêmios
Claudinho encerrou 2020 como o jogador mais premiado no Brasileirão. No Bola de Prata, saiu com quatro troféus (melhor meia, artilheiro, revelação e craque do Brasileirão). No evento oficial da CBF, três honrarias (melhor jogador da competição, melhor meia e também a revelação).
Rogério Ceni recebeu, além da medalha de campeão brasileiro ao conduzir o Flamengo ao título, o prêmio de melhor técnico da competição no Bola de Prata.