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CBF: clubes podem mandar jogos em outros estados no Brasileirão

Esclarecimento foi feito após visita do governador Ibaneis Rocha à entidade. Exceções permitem Flamengo sediar partidas no Mané Garrincha

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Alexandre Vidal/Flamengo
Estádio Mané Garrincha vazio
1 de 1 Estádio Mané Garrincha vazio - Foto: Alexandre Vidal/Flamengo

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) publicou o regulamento do Campeonato Brasileiro 2020 e destrinchou o item que proíbe a venda de mando de campo. A decisão aprovada pelos clubes durante Conselho Técnico veda a comercialização, mas um artigo prevê exceções e permite um time levar seu jogo para outro estado.

Ciente de que o Estádio Mané Garrincha, em Brasília, é um dos mais afetados pela resolução, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), foi até a sede da entidade no último sábado (29/02) pedir esclarecimentos. Lá, ele foi informado que a arena segue apta a receber partidas do Brasileirão, desde que o clube interessado cumpra ao menos quatro exigências:

“O clube que queira deslocar partidas para outras praças deverá, com 30 (trinta) dias de antecedência, demonstrar que, de maneira nenhuma, esta prática representa: (i) prejuízo ao equilíbrio técnico da competição; (ii) prevalência do interesse econômico particular do clube, em detrimento dos aspectos técnicos da competição; (iii) prejuízo da presença dos torcedores do clube mandante no estádio escolhido; (iv) privilégio de qualquer natureza em favor do clube adversário, como inversão ou comercialização do mando de campo; entre outros aspectos a serem avaliados pela DCO”, diz o regulamento da competição.

Em nota, a assessoria do governador Ibaneis Rocha informou que ele “deixou clara sua concordância com a medida, pedindo, única e exclusivamente, que os critérios fossem melhor esclarecidos para não prejudicar aqueles que apoiam o bom futebol e que buscam a valorização das arenas construídas quando da realização da Copa do Mundo no Brasil.”

Segundo o governador, a “reunião ocorreu de forma transparente e respeitosa, nunca tendo como intenção o descumprimento das deliberações da entidade.”

Como funciona na prática

Ao contrário do que ocorreu nos últimos dois anos, quando o Mané Garrincha recebeu oito partidas do Campeonato Brasileiro, os jogos no estádio não estarão nas mãos de empresários. Em 2018 e 2019, uma empresa comprava o direito sobre a partida e negociava o duelo na praça desejada.

Agora, a decisão de levar uma partida para outra arena cabe ao clube, que terá de cumprir as exigências em regulamento, como avisar a mudança de local com 30 dias de antecedência. O Flamengo, por exemplo, atinge os requisitos necessários para sediar jogo em Brasília. O Santos se enquadra no mesmo texto caso queira levar sua partida da Vila Belmiro para o Estádio Pacaembu, na capital paulista.

 

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