Candidato do São Paulo culpa “soberba” por queda e aconselha Flamengo
Marco Aurélio Cunha disse que trabalho Rubro-Negro pode ser prejudicado pela vaidade
atualizado
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Marco Aurélio Cunha é pré-candidato pela oposição à presidência do São Paulo. Atualmente coordenador de futebol feminino da CBF, o dirigente falou em uma live com Arnaldo Ribeiro e Eduardo Tironi sobre os últimos anos do Tricolor, abordando os motivos que levaram à seca de títulos do clube.
Ao responder um internauta se a decadência do São Paulo coincidia com a ascensão de Leco, Marco Aurélio disse: “Não, não concordo! Eu acho o seguinte, a questão do São Paulo foi a sua soberba, o apelido ‘Soberano’** que o São Paulo recebeu ou deu ou alguém criou foi a pior coisa que o São Paulo ganhou. É muito bom quando você é elevado à última potência de alguma coisa, você fica muito envaidecido, a mulher mais bonita, o cara mais forte, o melhor ator do ano, e como é que fica para depois?”, disse.
“Então, nós temos que saber lidar com a vitória, é uma coisa que nos deixa muito embevecidos, muito atormentados pelo sucesso, e isto é muito perigoso. O São Paulo realmente tinha a melhor esturura do futebol brasileiro, que serviu de modelo para inúmeros clubes, Corinthians, Palmeiras, Flamengo, mas o São Paulo se contentou com aquilo e achou que tudo que fazia poderia dar certo”, completou.
O dirigente aproveitou a conversa para fazer um alerta ao Flamengo. “O Flamengo hoje está muito bem, muito bem, merece todos os créditos e aplausos. O maior risco que o Flamengo corre não são os seus adversários do Rio de Janeiro, Vasco, Fluminense, os de São Paulo, Corinthians, São Paulo, Palmeiras, enfim, o adversário do Flamengo chama-se vaidade. É a vaidade que pode destruir um trabalho maravilhoso”.
“As pessoas que estão por trás, trazendo amigos que nunca foram do futebol, gente com dinheiro, importante, artista, seja lá o que for, para participar de uma direção do clube. Porque o clube ficou tão grande, tão maravilhoso, que tem festa todo dia. Tem gente querendo entrar no vestiário todo dia. E aí começa aquela variação de opiniões sem sentido, que não são profissionais, a influir dentro do dia a dia do clube. Aí começou a derrocada, então, este foi o momento que o São Paulo se perdeu, na minha opinião”, concluiu.