Caio Ribeiro, Thiago Leifert… E a polêmica mistura de política e futebol
Comentarista criticou fala de diretor do São Paulo por sugerir renúncia do presidente. Parceiro de emissora já defendeu opinião semelhante
atualizado
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O ex-jogador e comentarista Caio Ribeiro criticou o diretor de futebol do São Paulo, Raí, por sugerir a renúncia do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Para Caio, o dirigente são-paulino não deveria se envolver em política, porque “respinga no clube”. A declaração do comentarista, porém, não foi bem vista nas redes sociais.
“Não gostei do discurso do Raí. Ele falou muito pouco de esporte e muito sobre política. Por mais que ele diga que é a opinião pessoal dele, hoje ele é o homem forte do São Paulo. E as declarações e opiniões que ele dá respingam na instituição. Então, ele tem que falar de esporte. Quando ele fala de renúncia, hospitais públicas, tudo isso, me parece que ele tem uma conotação política em relação a preferências”, afirmou Caio, na quinta-feira (30/04), em participação no Seleção SporTV.
A afirmação de Caio Ribeiro não pegou bem. Torcedores e até jornalistas criticaram a postura do ex-jogador. Ele, no entanto, não está sozinho na máxima de que “futebol e política não se misturam”. Em 2018, Thiago Leifert escreveu um artigo defendendo o afastamento dos dois assuntos.
“Quando política e esporte se misturam dá ruim”, escreveu o apresentador global. Leifert citou ainda o desemprego do jogador da NFL, Colin Kaepernick, após protestar contra o tratamento da polícia norte-americana aos negros. E reforçou: “Será que o evento esportivo é um local apropriado para manifestações políticas? Eu acho que não. Olhando por todos os lados, não vejo motivos para politizar o esporte”.
O jornalista Juca Kfouri falou sobre o tema à Rádio CBN, na quarta-feira (29/04). Com o título “A mistura de futebol e política”, o experiente jornalista chama de “equívoco” acreditar que os temas não se misturam. “A política está em tudo que fazemos”, afirmou Juca.