Cafu vai ao cemitério a cada 5 dias após morte do filho Danilo
À revista Veja, ele admite não ter assimilado a perda: “Não sei como descrever a sensação de jogar terra sobre o caixão de um filho”
atualizado
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Quase dois meses após a morte do filho Danilo Feliciano de Moraes, o ex-lateral da Seleção Brasileira Cafu ainda tenta lidar com a perda. Em entrevista à Revista Veja, o pentacampeão mundial revelou que leva flores ao cemitério a cada cinco dias.
Danilo, 30 anos, morreu após sofrer um infarto em 4 de setembro, quando jogava futebol. Cafu conta que tentou socorrer o filho mais velho. Foi ele quem o carregou no colo, o colocou no carro e encaminhou ao hospital. O esforço, porém, não foi suficiente para salvá-lo.
“Ainda não assimilei o fato de que enterrei um filho. Vou ao cemitério a cada cinco dias, não tive coragem de entrar no quarto dele e nunca mais pisei no campo onde tudo aconteceu”, conta Cafu, à revista Veja.
Bastante abalado com a morte do filho, Cafu admite que chora todos os dias. “Não sei como descrever a sensação de jogar terra sobre o caixão de um filho sabendo que ele não vai mais voltar. A morte de um filho acompanha um pai e uma mãe para o resto da vida”.
Apesar de toda a dor do luto constante, aos 49 anos, Cafu não se permite parar. O ex-jogador tem cumprido a agenda de eventos e, recentemente, viajou à China para lançar um programa que visa à criação de escolinhas de futebol de alto padrão.
Ainda em entrevista à Veja, ele revela que o próximo passo em sua missão como conselheiro da Fifa será “permitir que o lateral seja cobrado com os pés, em vez de com as mãos”.
Entusiasta de melhorias no futebol, Cafu recorda ainda que foi dele a sugestão – já aprovada – de permitir um time fazer uma quarta substituição durante a prorrogação.