Brasil x Brasil? China avança em convocações de brasileiros para Copa
Durante essa semana, o atacante Aloísio foi o segundo naturalizado a ser chamado pela seleção do país asiático, visando o Mundial do Catar
atualizado
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A China só conseguiu se classificar para uma edição de Copa do Mundo em 2002. Vinte anos depois, o país asiático avança na tentativa de retornar à elite do futebol de seleções. A aposta é em jogadores naturalizados, sobretudo brasileiros.
Nessa semana, Aloísio, ex-atacante do São Paulo, foi convocado pela seleção chinesa. Agora “batizado” de Luo Guofu, ele fará treinamentos em maio, na cidade de Xangai, como preparação para as Eliminatórias Asiáticas da Copa do Mundo de 2022, que será jogada no Catar.
Aloísio, que era chamado carinhosamente no Brasil de “Boi Bandido”, é o segundo brasileiro a ser convocado pela China. Antes dele, Elkeson, ex-Botafogo, já tinha representado o país asiático, também com seu novo nome: Ai Kesen.
A fila de brasileiros à disposição da China é extensa. São os casos de Ricardo Goulart, Alan e Fernandinho, sendo que o primeiro, atualmente no Guangzhou Evergrande, já conseguiu concluir o processo de naturalização, mas ainda depende de uma autorização da Fifa para ser convocado. A entidade exige que o jogador tenha no mínimo cinco anos de residência no país para ser naturalizado.
Brasil x Brasil em 2022?
Se os planos da Associação Chinesa de Futebol (CFA) se concretizarem, o país voltará ao Mundial com até cinco “brasileiros” entre eles. As aspas, então, passarão a ser obrigatórias. Elkeson, Aloísio, Ricardo Goulart, Alan e Fernandinho já não serão mais considerados cidadãos brasileiros.
A China não aceita dupla nacionalidade. Desta forma, os atletas precisam renunciar à nacionalidade brasileira. Só depois disso eles recebem os documentos de cidadãos chineses.
Situação complicada
Embora aposte em jogadores brasileiros para 2022, a China precisará evoluir rapidamente. Isso porque as Eliminatórias Asiáticas estão na segunda fase e, se terminassem hoje, os chineses estariam fora da Copa. Restam quatro partidas e a China está em segundo do grupo, oito pontos atrás da líder Síria, mas com um jogo a menos. A seleção chinesa precisa melhorar o desempenho para tentar beliscar ao menos uma das vagas reservadas aos quatro melhores segundos.