Brasil x Argentina: decisão começou antes do apito inicial
De Neymar a Messi, de Tite a Scaloni, até a torcida foi responsável por aumentar a rivalidade
atualizado
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Rio de Janeiro (RJ) – O clima para uma final entre Brasil e Argentina não poderia ser mais propício do que o deste sábado (10/7), que decide a Copa América 2021. O clássico sul-americano começou antes mesmo da final estar definida e a cada dia foi ficando mais quente. De Neymar a Messi, de Tite a Scaloni, até a torcida foi responsável por aumentar a rivalidade.
Logo depois de a Seleção Brasileira confirmar a vaga na decisão, Neymar deu entrevista e afirmou que queria a Argentina como adversária na final. “Estou torcendo para a Argentina. Tenho amigos ali e, na final, vai dar Brasil”. Os argentinos jogaram no dia seguinte ao jogo da Seleção, contra a Colômbia, e venceram nos pênaltis, depois de terem empatado em 1 x 1 no tempo normal.
Após a vitória em Brasília, o técnico argentino Lionel Scaloni, não gostou da pergunta feita pelo Metrópoles na coletiva, e saiu irritado da sala de imprensa. A questão abordava a falta de títulos dos hermanos e o reencontro com o Maracanã depois da derrota na final da Copa do Mundo de 2014. “Foi um brasileiro que fez esta pergunta? Está tudo muito claro”, esbravejou o comandante.
Brasileiros de azul e branco
Com a definição do confronto final, muitos brasileiros, entre torcedores e profissionais da imprensa, declararam torcida para a Argentina, mesmo sendo contra a Seleção. Isso repercutiu, os jogadores ficaram sabendo e, claro, se manifestaram.
Nas redes sociais, Neymar deu bronca: “Sou brasileiro com muito orgulho e muito amor. Meu sonho sempre foi estar na seleção brasileira e ouvir a torcida cantando. Jamais torci ou torcerei contra se o Brasil estiver disputando alguma coisa, seja lá qual for o esporte, concurso de modelo, óscar ou o que for. Se tem Brasil eu sou Brasil. E quem é brasileiro e faz diferente? Ok, vou respeitar, mas vai pro c…, né”.
Em entrevista coletiva, Marquinhos lamentou a torcida contra. “A gente vê tantos brasileiros, tanta gente na imprensa que é contra, que não apoia a Seleção Brasileira e não tem nenhum prazer e orgulho de assistir e torcer por nós. Mesmo sabendo da história grandiosa, maravilhosa e saber que já teve muito jogador bom aqui, que vestiu essa camisa…”.
Expectativa
Messi disse que “o Brasil com Neymar vai ser duríssimo”. “Sabemos do seu potencial e o que Neymar pode fazer individualmente”, avaliou o astro da Argentina. Richarlison alfinetou: “Provocação de lá, provocação de cá. A gente sabe que o bicho pega, não vamos falar por falar, temos de botar dentro de campo.”
“Vamos provocar sim, isso vai acontecer e o que vale mesmo são os três pontos dentro de campo e quem levantar a taça”, ressaltou o atacante do Everton.
Para Scaloni, “o time da Argentina deve ser sempre competitivo, deve sempre buscar a vitória”. “Todos jogam contra a Argentina de uma forma diferente do que jogam os demais jogos. É muito difícil. Nós não valorizamos a competição em si, mas cada jogo que jogamos com essa camiseta”, afirmou.
Tite celebrou o encontrou dos dois últimos sul-americanos campeões do mundo. “Tem uma dimensão, sem desprezar Colômbia, Uruguai, são ícones do futebol mundial. Falar de Messi e Neymar é falar da excelência, virtudes técnicas, mentais, físicas, capacidade de criação muito alta. É um grande desafio, um grande espetáculo”, constou.
Historicamente, a Argentina briga contra muitos tabus. O último título da seleção foi na Copa América de 1993 e depois disso começou a coleção de vice-campeonatos.
O clássico sul-americano já decidiu a Copa América três vezes, com duas vitórias brasileiras em 2004 e 2007, sendo o único triunfo argentino em 1937. Neste sábado (10/7), a bola rola às 21h, no Maracanã.
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