Botafogo encerra uma das piores temporadas de sua história com novo rebaixamento
Time carioca foi rebaixado nessa sexta-feira (5/2) ao perder em casa para o Sport. Glorioso amarga a terceira queda para a Série B
atualizado
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O Botafogo encerrou seu calvário na Série A do Campeonato Brasileiro na noite dessa sexta-feira (5/2). E não com um final feliz, como acreditava a torcida durante a competição. O time foi derrotado pelo Sport e acabou com suas chances matemáticas de se manter na Primeira Divisão do futebol nacional em 2021.
Assim, o Glorioso chega ao seu terceiro rebaixamento para a Série B, com quedas em 2002, 2014 e agora no campeonato de 2020. Veja um resumo do time carioca na temporada, que terminou com o descenso com quatro rodadas de antecedência:
Começo ruim
O Botafogo começou a temporada com Alberto Valentim como técnico. Mas os tropeços já no Carioca custaram a cabeça do treinador. O primeiro fracasso, no turno inicial do estadual, já dava uma prévia de como seria o ano para o alvinegro.
No primeiro turno (Taça Guanabara), os comandados de Valentim sequer chegaram às semifinais, perdendo a vaga para Boavista e Flamengo. Saiu Valentim, chegou Paulo Autuori.
No turno final (Taça Rio), o Glorioso conseguiu se classificar, mas acabou perdendo para o Fluminense e foi eliminado do estadual. Encerrado o Carioca, o time se preparava agora para a disputa do Campeonato Brasileiro e da Copa do Brasil.
Mas logo na estreia, uma derrota para o Bahia em pleno Nilton Santos acendeu o sinal de alerta para o torcedor botafoguense de que 2020 seria se confirmaria como um longo e doloroso ano. Nas 19 rodadas do primeiro turno, o Botafogo venceu apenas três vezes e acumulou empates.
Jogadores caros e pouco resultado
O time também pecou na montagem do elenco para a temporada. O alvinegro carioca causou estardalhaço no mercado da bola brasileiro ao anunciar nomes como o japonês Keisuke Honda e do marfinense Salomon Kalou. O clube apostou alto em garotos da base como o promissor atacante Matheus Babi.
Mas os já veteranos gringos não mostraram resultado em campo e o time caiu muito de produção. Honda chegou a abandonar o barco no final de 2020. E os jovens garotos das categorias de base não suportaram a pressão de evitar o rebaixamento de um grande clube e também deixaram a desejar.
Danças das cadeiras e vexame
Já sem Autuori, que deixou o cargo, e com o auxiliar fixo Bruno Larazoni, o Botafogo até venceu, mas a paciência com o jovem treinador durou apenas seis jogos.
Os resultados continuaram ruins e, para piorar, o time foi eliminado da Copa do Brasil para o Cuiabá, que trocou de lugar com o Fogão e disputará a Série A em 2021. Com a saída de Lazaroni, o time tentava entrar na onda de contratações de técnicos estrangeiros.
Porém, o vexame foi ainda pior. O Botafogo acertou a contratação do argentino Ramón Diaz. Mas o treinador sequer chegou a comandar a equipe. O técnico precisaria passar por um procedimento cirúrgico e, em um primeiro momento, teria que ficar afastado por cerca de dez dias. Mas o prazo se estendeu para um mês e o clube optou por não esperar.
Assim, confirmou-se o retorno de Eduardo Barroca. No começo de dezembro, o técnico retornara ao Glorioso para tentar reencontrar o caminho das vitórias e evitar a queda para a Série B. Mas não foi bem o que aconteceu. Antes de enfrentar o Sport, no capítulo final que culminou com o rebaixamento, o time não vencia há quase dois meses. O último triunfo aconteceu fora de casa, contra o Coritiba, na 26ª rodada, em 19 de dezembro.
Os números até aqui justificam a queda: o time tem o pior ataque entre os times da Série A, com gols marcados em 54 jogos, menos de um gol por partida. Os cariocas têm um aproveitamento de 34% no ano, com apenas 12 vitórias, 19 empates e 23 derrotas.
Agora, o clube deve aproveitar as quatro rodadas restantes para avaliar o elenco para a disputa do Campeonato Carioca e já pensando na Série B. Resta ao time a missão de se reconstruir dentro e fora de campo e tentar o retorno à elite do futebol nacional em 2022.