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Avaí e Cruzeiro empatam e seguem na zona da degola

Equipes continuam com jejum de vitórias em partida que acabou sendo definida pelo VAR

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ANTÔNIO CARLOS MAFALDA/MAFALDA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
/AVAÍ X CRUZEIRO
1 de 1 /AVAÍ X CRUZEIRO - Foto: ANTÔNIO CARLOS MAFALDA/MAFALDA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Do confronto direto na zona de rebaixamento no Campeonato Brasileiro, Avaí e Cruzeiro saíram de campo neste domingo (11/08/2019), na Ressacada, totalmente insatisfeitos, em partida válida pela 14.ª rodada. O empate em 2 x 2 manteve as duas equipes com seus longos jejuns de vitória em um jogo que acabou sendo definido pelo VAR.

O placar deixou os times em situações complicadas. Do lado catarinense, são apenas seis pontos que deixam a equipe de Alberto Valentim na lanterna do campeonato, sendo ainda o único time que não venceu. Já para os mineiros, foi a 11ª vez seguida sem sair de campo com os três pontos no Brasileirão, cuja tabela aponta um lugar nas últimas colocações devido aos escassos 11 pontos para a equipe de Belo Horizonte.

As duas equipes voltam a jogar no próximo domingo. O Avaí vai à Arena Condá para enfrentar a Chapecoense, às 19h. Mais cedo, às 16h, o Cruzeiro volta ao Mineirão, possivelmente para a estreia de Rogério Ceni, novo técnico do clube, anunciado oficialmente neste domingo, diante do líder Santos.

Única equipe que ainda não havia vencido até a 14.ª rodada, o Avaí começou o confronto na Ressacada com mais presença ofensiva, tendo levemente mais posse de bola que seu adversário. Mas as investidas de perigo se resumiram às jogadas de bola parada, treinadas à exaustão pelo técnico Alberto Valentim durante a semana que passou.

A cargo de todas elas estava o meia Lourenço. Ele já havia assustado o goleiro Fábio em uma cobrança de falta da altura da intermediária, espalmada pelo cruzeirense aos dez minutos. E aos 22, foi dele a assistência para Pedro Castro abrir o placar, completando cobrança de falta pelo lado esquerdo que chegou na segunda trave. O volante, que se machucou ao se chocar com a barra que sustenta a rede atrás do gol, se livrou da marcação de Egídio e completou para a meta, superando Fábio e abrindo o placar.

Do outro lado, o Cruzeiro do primeiro tempo apresentou muito dos problemas que vinham fazendo com que o time amargasse dez rodadas na competição sem vitórias. Também já estava sem marcar um gol sequer há oito partidas – entre Brasileirão, Copa do Brasil e Libertadores. Como vinha sendo com o demitido Mano Menezes, o time era mais uma vez lento e previsível com o interino Ricardo Resende.

O Cruzeiro só foi melhorar um pouco na segunda metade da etapa, quando chegou com algum perigo em três oportunidades. Uma delas com chute de Pedro Rocha da entrada da área, aos 28 minutos. As outras duas com Robinho: uma acertando belo chute em falta frontal, espalmada por Vladimir, e a segunda ao completar boa trama em parceria com Sassá.

Na saída para o intervalo, o meia não hesitou em ser sincero à reportagem do SporTV e chamar a responsabilidade para o time: “O professor pediu para a gente fazer uma coisa, e a gente não está fazendo. Está bagunçado. Se não melhorar, não vai empatar, não”

O clamor de Robinho parecia que não faria efeito quando o segundo tempo começou. Logo a um minuto, Pedro Castro quase fez o segundo em chute cruzado que quase traiu Fábio e bateu em sua trave direita.

Mas em seguida o Cruzeiro melhorou sutilmente e conseguiu movimentar o placar da partida, aos 16. Pedro Rocha completou para o gol vazio ao pegar rebote depois de bom arremate de Marquinhos Gabriel em jogada pela direita. A bola bateu na mão de Vladimir antes de tocar a trave e voltar para o atacante cruzeirense: 1 a 1.

A equipe mineira ainda chegou a marcar pela segunda vez, aos 24, mas a posição irregular de Sassá, autor do gol anulado, impossibilitou a desforra cruzeirense no lance. Mas foi um prenúncio do que viria a seguir.

Antes, o Avaí ainda conseguiria segurar a ilusão da vitória por alguns minutos, através de pênalti marcado em falta de Egídio na linha da grande área em Caio Paulista. Na cobrança, Brenner esbanjou eficiência para dar de novo a vantagem ao time catarinense no marcador. Vantagem esta que aumentou ainda mais aos 36, com a expulsão do lateral Edilson, após tomar o segundo cartão em um intervalo de 15 minutos.

O fim do jejum do Avaí estava a caminho quando Sassá recebeu passe de David, livre na área, e tocou na saída do goleiro para empatar. Inicialmente, o lance foi considerado irregular pela arbitragem, mas a revisão pelo VAR – que durou cerca de longos cinco minutos – confirmou o empate dos mineiros. Um resultado que mantém as duas equipes devendo – e muito – para suas torcidas.

Ficha técnica
Avaí 2 x 2 Cruzeiro
Avaí
– Vladimir; Léo (Iury), Betão, Marquinhos Silva e Paulinho; Pedro Castro, Richard Franco e João Paulo; Lourenço (Caio Paulista), Brenner e Bruno Sávio (Douglas). Técnico: Alberto Valentim.
Cruzeiro – Fábio; Orejuela (Edilson), Dedé, Léo e Egídio (Dodô); Henrique, Ariel Cabral (David) e Robinho; Marquinhos Gabriel, Pedro Rocha e Sassá. Técnico: Ricardo Resende.
Gols – Pedro Castro, aos 22 minutos do primeiro tempo. Pedro Rocha, aos 16, Brenner, aos 29, e Sassá, aos 47 minutos do segundo tempo.
Árbitro – Paulo Roberto Alves Junior (PR).
Cartões amarelos – Robinho e Edilson; Vladimir, Douglas e Juninho (no banco de reservas).
Cartões vermelhos – Edilson e Léo (no banco de reservas).
Renda e público – Não disponíveis.
Local – Estádio da Ressacada, em Florianópolis (SC).

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