Auxiliar técnico, filho de Tite pode prejudicar Seleção Brasileira
Matheus Bachi é assistente do pai na comissão técnica da Seleção Brasileira e gerou constrangimentos nas relações institucionais da CBF
atualizado
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Patrocinadora da Seleção Brasileira, a Nike disse estar atenta às movimentações de Matheus Bachi, o “Titinho”, auxilia técnico do pai na canarinho. Bachi curtiu as mensagens do jogador de vôlei Maurício Souza, demitido do Minas Tênis Clube por manifestações homofóbicas em relação a uma história em quadrinhos. No caso de Souza, patrocinadores como Fiat e Gerdau pediram a rescisão contratual, no que foram atendidos.
Em relação ao caso de Matheus Bachi, a gigante norte-americana disse repudiar “veementemente toda e qualquer forma de discriminação”, além de informar que está “acompanhando de perto a situação”. A Nike veste a Seleção Brasileira desde 1995. No início dos anos 2000, foi alvo de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apurou os contratos de marketing da entidade máxima do futebol nacional.
No Instagram, o membro da comissão do escrete nacional deixou uma curtida na publicação de Souza que atribuiu o rompimento do contrato com a agremiação mineira à “lacrolândia”. O filho do chefe da canarinho passou, inclusive, a seguir o atleta de vôlei. Logo outras mensagens apoiadas por Bachi ganharam destaque, muitas delas envolvendo transfobia, misoginia e machismo.
“Tomou pau de novo”
No rol de curtidas de Matheus há mensagens que ironizam figuras públicas, como o ministro do STF Alexandre de Moraes, piadas com banheiros para pessoas transsexuais e inclusive uma postagem que se referia ao processo movido por Mariana Ferrer relativo a um suposto estupro sofrido pela modelo.
A mensagem, dada abaixo da notícia de absolvição de André Aranha, acusado do crime, brincava que a modelo “tomou pau de novo”, desta vez, na Justiça.
Tite chegou a repudiar as falas de Maurício Souza em entrevista coletiva, e condenou a postura do filho. Matheus, por sua vez, não se pronunciou a respeito das curtidas. Ao UOL, a CBF disse ter “conversado com o funcionário citado, que reconheceu seu erro ao “curtir” o post, pois não compartilha de tal opinião. A Confederação reforça seu compromisso com um futebol livre de qualquer preconceito ou discriminação.”