Atletas ingleses são alvo de racismo em goleada contra Bulgária
Terry Mings e Raheem Sterling foram os principais alvos das manifestações, que incluíram saudações nazistas e sons de macacos
atualizado
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A seleção inglesa conseguiu uma bela vitória por 6 x 0 contra a Bulgária, em Sofia, na tarde desta segunda (14/10/2019). Fora de campo, no entanto, o cenário não foi nada belo. A partida teve que ser interrompida duas vezes devido a manifestações racistas e gestos nazistas da torcida búlgara.
Utterly gross. Bulgaria fans doing Nazi salutes during game against England, a match blighted by vile racism #BULENG https://t.co/nfmU9ti9FD pic.twitter.com/W5lUOnFs6A
— Joseph Willits (@josephwillits) October 14, 2019
Um dos principais alvos das manifestações foi o defensor Tyrone Mings. Ao ouvir sons imitando macacos e com alguns torcedores fazendo a saudação nazista, o atleta do Aston Villa fez uma reclamação ao árbitro assistente aos 28 minutos do 1º tempo. O capitão Harry Kane reforçou a queixa com o árbitro Ivan Bebek, que parou o jogo por seis minutos.
Um aviso circulou pelos alto-falantes do estádio: “Devido ao comportamento racista, o árbitro indicou a possibilidade de suspender o jogo. Racismo nos estádios não será tolerado. Não tenham dúvidas de que o jogo será suspenso e cancelado se esse comportamento continuar”.
O jogo continuou, porém, antes do intervalo, ele foi parado novamente, por cerca de dois minutos. Alguns torcedores foram ordenados a abandonar o estádio.
Ivelin Popov, capitão da Bulgária, reclamou com seus próprios torcedores sobre o comportamento deles, o que rendeu elogios de Marcus Rashford.
Pós-jogo
A Federação Inglesa, após a partida, divulgou um comunicado sobre o incidente. “A FA confirma que os jogadores ingleses foram vítimas de cantos racistas durante a partida das Eliminatórias da Eurocopa 2020 contra a Bulgária. Isso é inaceitável em qualquer nível do jogo e nosso foco imediato é dar apoio aos jogadores envolvidos”, dizia a nota.
“Como tristemente sabemos, não é a primeira vez que nossos jogadores são vítimas deste tipo de abuso. Não há lugar para esse tipo de comportamento na nossa sociedade e no futebol. Nós faremos um pedido à Uefa que investigue o incidente com urgência”, finalizou o comunicado.
A Uefa, até o momento, não se manifestou.