Arena BSB diz ser possível conciliar futebol e hospital no Mané Garrincha
Em nota oficial, o consórcio esclarece que a estrutura montada no estádio para socorrer pacientes com Covid-19 não tem contato com o campo
atualizado
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A Arena BSB, consórcio que administra o Estádio Mané Garrincha, informou nesta quinta-feira (30/04) que está apta a receber partidas de futebol, tão logo sejam autorizadas pelas autoridades competentes. Conforme esclarece em nota oficial, os 197 leitos do hospital de campanha de combate à epidemia do novo coronavírus não inviabilizam eventos esportivos na área.
“A área do hospital de campanha não tem contato direto com as áreas de campo, arquibancadas e camarotes. Importante destacar que todas as operações relacionadas ao hospital, bem como adaptações, montagem e contratações, são de total e exclusiva responsabilidade da Secretaria de Saúde do Governo do Distrito Federal, sendo a Arena BSB apenas cedente do espaço físico de forma não onerosa. Espaço esse, reiteramos, isolado e independente das áreas destinadas ao esporte no Estádio”, afirma a Arena BSB.
O hospital de campanha montado no Mané Garrincha ainda não foi inaugurado, mas já é alvo de investigação. O dono da empresa que vai gerir os 197 leitos, Sérgio Roberto Melo Bringel, responde por peculato e organização criminosa.
A elucidação por parte do consórcio ocorre em meio a boatos de que Brasília é um plano B para receber jogos do Campeonato Carioca. Na última sexta (24/04), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) havia adiantado o desejo de realizar os jogos no DF. “Estamos querendo trazer a final do Campeonato Carioca para Brasília. Nós vamos ver o Botafogo ser campeão aqui”, brincou o presidente.
Na última segunda (27/04), Bolsonaro reforçou o desejo de retomar o futebol, mas condicionou a ação aos cuidados de segurança com o novo coronavírus.
Por meio de nota, a direção do Hospital Domiciliar do Brasil, empresa que implantou e faz a gestão do Hospital de Campanha Mané Garrincha, disse que “volta a afirmar que não houve quaisquer irregularidades no processo de contratação dos seus serviços”.
“A empresa apoia as investigações que estão em curso, o que é normal em se tratando de recursos públicos, mas são falsas as alusões feitas pela matéria de que o contrato trouxe possíveis prejuízos aos cofres públicos e que regras foram burladas, já que não há nenhuma conclusão por parte dos órgãos investigadores”, afirmou.