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Árbitros de handebol são expulsos de torneio após denúncias de assédio e preconceito

Falas de cunho sexual e preconceituosas foram registradas em gravações de partidas no Youtube. Caso será analisado pelo STJD

atualizado

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Arquivo Pessoal
Atletas protestam contra assédio sexual no handebol
1 de 1 Atletas protestam contra assédio sexual no handebol - Foto: Arquivo Pessoal

Dois árbitros que trabalharam no Campeonato Brasileiro Júnior de Handebol feminino foram afastados pela Confederação Brasileira de Handebol (CBHb) após denúncias de comentários de cunho sexual e preconceituosos.

A competição foi realizada em Sorocaba, no interior de São Paulo, na última semana. Os comentários foram registrados durante uma gravação do torneio, no YouTube. Nela, os árbitros proferiram falas de cunho pejorativo contra jogadoras e treinadores das equipes.

É possível ouvir ofensas de cunho sexual contra as atletas do tipo “elas eram magrinhas, mas engordaram na pandemia” e “essa está gostosinha, que delícia”. Contra os treinadores, as falas eram preconceituosas, como “seboso, cara de bêbado, mal vestido. Parecia uma moça jogando”.

Confederação

Os dois árbitros foram excluídos da competição e do hotel onde estavam hospedados após a repercussão do caso. Em nota, a CBHb comunicou sobre as providências que foram adotadas em relação aos árbitros. O caso será analisado pelo Comitê de Política para as Mulheres do Handebol. E relatado para o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).

Veja a nota da CBHb na íntegra:

A Confederação Brasileira de Handebol comunica que tomou conhecimento dos fatos envolvendo dois árbitros da CBHb durante a realização do Campeonato Brasileiro Júnior Feminino, na cidade de Sorocaba, nesta semana. De forma preventiva, foram adotadas as seguintes providências.

– Afastou os envolvidos em definitivo da competição;
– Cautelarmente, afastou também do quadro de árbitros da CBHb;
– Determinou que a diretora do Comitê de Política para as Mulheres do Handebol, Lucila Vianna, destaque um representante do Comitê para acompanhar de perto todo o caso e emita um relatório final com análise de todo o processo e iniciativas que devem ser tomadas para evitar a repetição dos fatos.

Além disso, a Confederação comunicará o caso ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), por meio da Procuradoria de Justiça Desportiva, para que ocorra a apuração e, se necessário, o julgamento do caso de forma justa, segundo o que rege o Código Brasileiro de Justiça Desportiva, sem prejuízos de outras possíveis providências judiciais que a entidade julgue cabíveis no decorrer da apuração dos fatos.

A Confederação repudia qualquer ato de preconceito e/ou desrespeito, seja dentro ou fora de quadra. Não podemos concordar ou aceitar comportamentos que não condizem com o handebol brasileiro. Como desportistas, precisamos dar exemplo e contribuir para uma sociedade cada vez mais igual e justa.

A CBHb se coloca à disposição de todos que estão participando do Campeonato Brasileiro Júnior Feminino para contribuir com o que for necessário.

 

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